Política

Adriana Accorsi quer instituir campanha pelo fim da violência contra as mulheres

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Instituir a Campanha Estadual 14 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a ser realizada anualmente de 25 de novembro a 8 de dezembro. Essa é uma postulação da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT), formalizada através do projeto de lei nº 7121/21, que iniciou tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

“O dia 25 de novembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher. A data foi escolhida para homenagear as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas e se opuseram à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo, por isso assassinadas em 25 de novembro de 1960”, coloca Adriana Accorsi, ao justificar a sua iniciativa parlamentar.

A petista lembra que a ONU define a violência contra as mulheres como “qualquer ato de violência de gênero que resulte ou possa resultar em danos ou sofrimentos físicos, sexuais ou mentais para as mulheres, inclusive ameaças de tais atos, coação ou privação arbitrária de liberdade, seja em vida pública ou privada”.

Accorsi frisa que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a violência, em todas as suas formas, pode ter um impacto na saúde e no bem-estar de uma mulher pelo resto de sua vida, mesmo depois de a violência ter acabado. Está associado ao aumento do risco de lesões, depressão, transtornos de ansiedade, estresse pós-traumático, suicídios, gravidez não planejada, depressão pós-parto, infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV, e muitos outros problemas de saúde. Essas consequências, diz a petista, causam impactos na sociedade como um todo e vem com custos enormes, afetando os orçamentos nacionais e o desenvolvimento geral.

“No relatório divulgado em 9 de março de 2021, a OMS aponta que uma em cada três mulheres no mundo, cerca de 736 milhões, sofrem violência física ou sexual durante a vida. E essa violência começa cedo, uma em cada quatro mulheres jovens (de 15 a 24 anos), que estiveram em um relacionamento já terá sofrido violência de seus parceiros por volta dos vinte e poucos anos”, anota Adriana na justificativa.

“Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, a violência contra as mulheres é endêmica em todos os países e culturas, causando danos a milhões de mulheres e suas famílias, e foi agravada pela pandemia de covid-19. Mas, ao contrário da covid-19, a violência contra as mulheres não pode ser interrompida com uma vacina. Só podemos lutar contra isso com esforços sustentados e enraizados por governos, comunidades e indivíduos, para mudar atitudes prejudiciais, melhorar o acesso a oportunidades e serviços para mulheres e meninas e promover relacionamentos saudáveis e mutuamente respeitosos”, diz deputada.

Adriana também faz considerações locais sobre a questão, lembrando que, em Goiás, a situação não é diferente, e conforme dados da Secretaria de Segurança Pública, publicados no jornal o Popular, de 13 de julho de 2021, nos primeiros seis meses de 2021 houve 5,2 mil hostilidades contra mulheres. E apontam ainda, que a cada oito dias, um feminicídio foi registrado no mesmo período. Foi registrado, também, que por dia 43 mulheres foram ameaçadas e 29 sofreram lesões corporais. E a cada 30 dias, 19 mulheres foram estupradas no estado.

E conclui: “Deste modo, instituir a Campanha Estadual 14 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres contribuirá para combater, prevenir e erradicar os crimes cometidos contra as mulheres em Goiás”.

Lida em plenário na sessão de 31 de agosto, a proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), da Alego, para debate e eventual aprovação.

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“Temos que governar com o espírito de JK”, defende Caiado em encontro nacional de lideranças

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Na 2ª edição do Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, o governador falou sobre clima de acirramento da política nacional e soluções reais para problemas da população

No debate sobre desafios e oportunidades para os estados, em São Paulo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek (JK), que comandou o país entre 1956 e 1961 em clima de coalizão. “Foi esse homem que deu conta de fazer todo o desenvolvimento, destacar o Centro-Oeste e o Norte do país”, disse Caiado. A fala foi durante a segunda edição do Seminário Brasil Hoje, realizado nesta segunda-feira (22/04).

O evento reuniu lideranças políticas e do setor privado para debater o cenário econômico atual. “Ninguém governa brigando, nesse clima de acirramento político. O presidente hoje tem que governar com o espírito que JK teve, de poder, se preocupar com matérias relevantes”, disse Caiado. Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o goiano encerrou o evento, com a mediação do jornalista Willian Waack.

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Em seminário nacional, Caiado fala que presidente da República deve seguir exemplo de JK

Caiado relembrou que, à época de JK, o país também vivia grande clima de polarização política, com diversas forças tentando derrubar o presidente. Ao ser resolvida a crise, JK pediu calma e que o deixassem trabalhar pelo país, sem também promover clima de revanchismo contra adversários.

“Essa polarização é deletéria, todo mundo pode contribuir para seu fim”, disse Tarcísio ao concordar com Caiado. Para ele, o Judiciário, Legislativo, a mídia e mais setores da sociedade também devem atuar para descomprimir o debate. “Estamos cada dia mais próximos do limite, a população não aguenta”, alertou Tarcísio. O encontro foi promovido pela organização Esfera Brasil, que se intitula “apartidária e independente”, com transmissão ao vivo via internet.

Sobre desafios da segurança pública nos estados, Caiado ressaltou que “bandido tem que cumprir pena, e não ficar fazendo falsa política social”. Ele destacou ainda a necessidade do combate às facções criminosas que dominam diversos pontos, nas grandes metrópoles. “Ter territórios onde não se pode entrar significa que não temos um estado democrático de direito”, afirmou.

Como resultado das ações do Governo de Goiás, ele citou que o estado hoje não tem nenhum território dominado por facções e é exemplo nacional em segurança pública.

Seminário
Também integraram a programação do seminário o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de outras autoridades. Nos demais painéis, foram abordados temas como as perspectivas para as eleições municipais, comunicação, meio ambiente e integração e inovação de cadeias produtivas.

Fotos:_Julia Fagundes Esfera / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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