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Hmib inicia força-tarefa de cirurgias pediátricas otorrinolaringológicas

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O Hospital Materno Infantil de Brasília Dr. Antônio Lisboa (Hmib) começou, nesta sexta-feira (3), uma força-tarefa de cirurgias pediátricas para reduzir a fila de espera por procedimentos na área de otorrinolaringologia, que está com cerca de 1,5 mil crianças aguardando na fila. Com as mudanças realizadas na unidade, será possível ampliar as cirurgias infantis de seis a nove, atualmente, para 12 a 15 por semana.

As salas do centro cirúrgico destinadas para as cirurgias de otorrinolaringologia funcionavam somente três vezes na semana. Com a ampliação, abrirão de segunda a sexta-feira | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

O secretário de Saúde, general Pafiadache, ressaltou que esse “é mais um passo que estamos dando com o objetivo de ampliar as cirurgias e reduzir filas na rede pública de saúde”. Ele lembrou que esse é o compromisso firmado com o governador Ibaneis Rocha e com a população do Distrito Federal “quando recebemos essa missão de buscar soluções para os problemas da saúde pública, de forma que a população seja beneficiada com um serviço eficiente, ágil e seguro para todos”.

A diretora-geral do Hmib, Andreia Araújo, lembrou que “assumimos o compromisso de realizar todas as cirurgias infantis da área de otorrinolaringologia, pois temos médicos otorrinolaringologistas. Fizemos uma mobilização e esforço de toda a equipe e vamos conseguir aumentar de três para cinco os espaços para a realização desse tipo de cirurgia”. Ela destacou que, “antes fazíamos cerca de seis a nove procedimentos por semana, agora esse número vai subir para uma média de 12 a 15 cirurgias, reduzindo essa fila de espera”.

“É mais um passo que estamos dando com o objetivo de ampliar as cirurgias e reduzir filas na rede pública de saúde”General Pafiadache, secretário de Saúde

De acordo com a gestora do hospital, as salas do centro cirúrgico destinadas para as cirurgias da especialidade de otorrinolaringologia funcionavam somente três vezes na semana e, com a ampliação, as salas abrirão de segunda a sexta-feira.

Andreia ainda estuda a possibilidade de liberar trabalho por período definido (TPD) para realizar procedimentos cirúrgicos eletivos de otorrino nos fins de semana, tendo em vista que o terceiro turno (noturno) não é interessante, já que as crianças precisariam passar o dia inteiro em jejum e o melhor horário para operá-las, geralmente, é no início da manhã ou da tarde.

“A Central de Regulação do DF nos ajuda enviando a lista de pacientes da otorrinolaringologia com antecedência, para que dê tempo de a equipe médica entrar em contato com as famílias, estipulando o prazo de 15 dias para se preparar o procedimento. Muitas vezes, acontece de as mães levarem os filhos gripados ou resfriados e a cirurgia não pode ser realizada. Nestes casos, essa criança volta para a fila novamente”, informa.

A expectativa é zerar a fila até o início de 2022

Com a ajuda da Central de Regulação, existe maior tranquilidade para os profissionais se programarem e para os pacientes. No entanto, ainda há muitos casos de dificuldade para localizar as crianças por conta de cadastro desatualizado. Por isso, é importante que, havendo mudanças nos telefones ou endereços, alguém da família procure uma unidade básica de saúde para fazer a atualização no sistema.

Segundo Andreia, o objetivo da força-tarefa de cirurgias pediátricas de otorrinolaringologia é reduzir a fila de espera no Distrito Federal. A expectativa é zerar essa fila até o início de 2022, pois são procedimentos cirúrgicos considerados simples, em que a criança pode receber alta hospitalar no mesmo dia ou com 24 horas de pós-operatório. Além disso, o Hmib possui leitos de retaguarda e boas condições de aumentar as salas do centro cirúrgico.

“O centro cirúrgico do Hmib é referência na rede em emergência de cirurgia pediátrica e de endometriose profunda. Além disso, realizamos cirurgias de mastologia, ginecológicas e de reprodução humana que não podem parar porque a demanda é bem alta. Então, temos que fazer esse esforço conjunto com a equipe para que, além destas cirurgias, a gente consiga fazer as pediátricas de otorrino”, esclarece.

Para a diretora-geral, esta força-tarefa proporcionará um ganho substancial. Além disso, a residência médica precisa de todas as especialidades em funcionamento para a formação de profissionais qualificados.

*Com informações da Secretaria de Saúde 

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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