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Cruzeiro tem 100% da iluminação pública em LED

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O Cruzeiro é a primeira região administrativa do Distrito Federal com iluminação pública com 100% de lâmpadas de LED. Por meio do projeto de eficientização da Companhia Energética de Brasília (CEB), foram substituídas 4.572 lâmpadas convencionais por modelos mais modernos e econômicos. Um investimento que custou ao Governo local R$ 2,1 milhões.

Após a troca das lâmpadas, população voltou a frequentar as pracinhas do Cruzeiro à noite | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A tecnologia de condução de luz por LED é o que existe de mais eficiente no mercado, atualmente. Lâmpadas deste tipo iluminam até cinco vezes mais que as convencionais, têm mais vida útil, além de exigir menos manutenção. A economia na conta de energia pode chegar até 40 % a menos aos cofres públicos.

A iluminação pública de excelência causa um impacto positivo imediato na vida da comunidade, analisa o administrador do Cruzeiro, Luis Eduardo Pessoa. “A eficiência na iluminação dá mais sensação de segurança para a população. Agora, as pessoas enxergam com nitidez ao olhar para longe, e, quando andam pela cidade, se sentem satisfeitos”, completa.

O projeto de eficientização da iluminação pública do Cruzeiro começou em 2019. A primeira etapa foi realizada somente no Cruzeiro Velho, com a substituição de, aproximadamente, 2.000 lâmpadas convencionais pelas de LED. Na segunda etapa, no ano passado, o projeto de eficientização chegou ao Cruzeiro Novo. Foram substituídas pouco mais de 2.000 lâmpadas convencionais pelas luminárias de LED.

“A eficiência na iluminação dá mais sensação de segurança para a população. Agora, as pessoas enxergam com nitidez ao olhar para longe, e, quando andam pela cidade, se sentem satisfeitos”Administrador do Cruzeiro, Luis Eduardo Pessoa

Para o presidente da CEB, Edson Garcia, a nova iluminação pública do Cruzeiro garante mais segurança para os moradores locais. “O Cruzeiro se tornou um exemplo que está sendo seguido por outras regiões do DF”, afirma. Segundo ele, a comunidade passou a frequentar as praças à noite, com mais segurança.

A CEB vem realizando um trabalho focado nos projetos de eficientização da iluminação pública e trabalha para que todo o Distrito Federal seja iluminado por LED, de acordo com Edson Garcia. “A meta do governador Ibaneis Rocha é de que a eficientização da iluminação chegue em todo o DF nos próximos dois anos. Com 100% LED teremos luz clara, com eficiência energética, gastando menos e iluminando mais”, garante Garcia.

Sombras de iluminação

Em uma próxima etapa, a administração do Cruzeiro pretende melhorar as “sombras de iluminação”, que são os locais onde a qualidade da iluminação pela LED está comprometida.

“Muitas vezes, é uma árvore que está atrapalhando. Aí chamamos a Novacap, que faz o seu trabalho para liberar o local. Pode ser também que exista a necessidade de mais um poste de luz em determinado ponto”, explica Luis Eduardo Pessoa.

A colocação de novos pontos de iluminação pública na cidade já está no “radar” da administração local. “Já fizemos o mapeamento dessa demanda. A comunidade e a Polícia Militar nos auxiliam nessa situação, nos mostrando onde há essa necessidade. Tudo o que queremos é oferecer serviços de qualidade para a população”, enfatiza o gestor.

Fazendo a diferença

A professora de ensino fundamental, Mônica Farias Corrêa de Sá, 48 anos, não tem dúvidas: as lâmpadas de LED fazem a diferença. “Com certeza, o Cruzeiro está muito bem iluminado. E mais seguro. É outra coisa. Um serviço como esse tem que ir para as outras cidades do DF”, analisa Mônica.

O Militar e ciclista, Nilson Gomes de Souza, 53 anos, revela que, agora, se sente mais confortável para dar suas pedaladas pela cidade, à noite.

Nilson participa do Pedal Cruzeiro Noturno, um grupo que pedala de 25 a 30 quilômetros, no Cruzeiro, nas noites de quartas-feiras. “As ruas estão bem mais claras. Dá para notar a diferença. Agora, a gente vê tudo, inclusive qualquer desnível ou outro problema na pista”, avalia.

Presidente do Conselho de Segurança do Cruzeiro Novo e Velho, Ênio Ferreira da Silva, comemora a conclusão da iluminação pública de LED em toda a região administrativa. Para ele, a utilização de LED ajuda a coibir a violência, entre outras vantagens. “Essa iluminação melhora muito a segurança. Ela dá mais nitidez. Qualquer problema na vizinhança, as pessoas conseguem ver melhor o que está acontecendo”, avalia.

Fonte: Governo DF

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Programa Cisternas avança e promove cidadania às famílias do Semiárido nordestino

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Nova etapa de execução é concretizada via convênio entre MDS e Consórcio Nordeste, no valor de R$ 311 milhões. Na área rural de Juazeiro (BA), os moradores estão otimistas com as novas possibilidades trazidas pelo acesso à água

No Semiárido nordestino, um sonho começa a ganhar forma. A retomada do Programa Cisternas vem enchendo a casa das famílias de esperança. Em meio às obras de uma cisterna para a produção de alimentos em sua propriedade, Jamile da Silva, 26 anos, faz planos para o futuro. A tecnologia de acesso à água, combinada com o recurso do Programa Fomento Rural, vai proporcionar a ela uma renda extra.

Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos” Jamile da Silva, produtora rural

A produtora mora na comunidade Pau Preto, zona rural de Juazeiro, ao norte da Bahia. “O Programa Cisternas é perfeito”, definiu Jamile, sorridente. São mais de 42 mil cisternas contratadas, a partir de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio Nordeste. A parceria, formalizada em maio deste ano, contempla os nove estados nordestinos.

O investimento é de quase R$ 300 milhões do Governo Federal, por meio do MDS, e de outros R$ 12 milhões de contrapartida dos estados. O convênio prevê a instalação de 39 mil tecnologias de acesso à água para consumo humano e 2,89 mil sistemas para consumo animal e produção de alimentos. As famílias que recebem as cisternas para a produção de alimentos também são inseridas no Programa Fomento Rural, em um repasse de R$ 13,3 milhões pelo acordo.

Além de oferecer assistência técnica, o Fomento Rural transfere o valor de R$ 4,6 mil diretamente para os beneficiados. São grandes conquistas para Jamile da Silva, que pensa em alternativas de expansão produtiva, a partir do recurso, da cisterna concluída e da capacitação para trabalhar em novas culturas. Ela também quer melhorar as condições do local onde cria caprinos e ovinos, a começar pela construção de um teto para os animais.

“Essa cisterna vai me ajudar na atividade produtiva, vou saber que estou consumindo alimento saudável. E o Fomento vai me dar uma garantia de ter uma criação melhor, que eu preciso também, de caprinos e ovinos”, projetou Jamile, enquanto acompanha em detalhes o processo de construção da estrutura. Nascida e criada na zona rural, é nessa mesma terra em Juazeiro que ela quer continuar a escrever sua história.

A realidade que o Programa Cisternas desenha para as famílias é possível graças à retomada, em 2023, dos investimentos na ação. Trata-se de uma política pública que assegura o direito de acesso a água.

PERSPECTIVA — À sombra de uma árvore no quintal de casa, na comunidade Arapuá Novo, a produtora rural Maria Sonia Oliveira espera com tranquilidade o período de chuvas na região, quando será possível captar a água, armazenar e, finalmente, utilizá-la. Os 60 anos de vida, completados no último mês, são morando sobre o mesmo chão de terra em Juazeiro. Maria Sonia recorda da época em que a família não tinha cisterna em casa.

“A primeira cisterna foi um sonho, quando a gente conseguiu, há quase 20 anos. Porque a gente tinha uma dificuldade enorme de carregar a água. Tinha que buscar água longe, colocar na cabeça, era um peso”, lembrou aliviada. “Agora, com essa outra, vai ser ainda melhor, porque é para produção”, disse, mirando o futuro.

A poucos quilômetros da propriedade em que Maria Sonia cria caprinos, a família de André Nascimento também tem na pequena agricultura o meio de subsistência. É da atividade no campo que o produtor colhe qualidade de vida para os três filhos. Ao lado da esposa, Márcia Cristina, ele enxerga no Programa Cisternas a chance de ampliar e otimizar a produção na área em que vivem.

Aos 43 anos, essa será a primeira vez que o agricultor vai manejar uma horta. “Vou plantar coentro, alface, tomatinho… Vai ser pra gente comer em casa, um alimento saudável, e se for possível, até ter uma rendinha extra pra família”, planeja André, com entusiasmo.

CAPACITAÇÃO — O assessoramento técnico para as famílias que atuarão com as cisternas de produção de alimentos, tem o papel de educar e dar suporte, para que a atividade seja executada com segurança. Dessa forma, Jamile, Maria e André são acompanhados por profissionais com experiência e que conhecem o potencial produtivo da região.

Nas comunidades rurais de Juazeiro, a assistência é feita pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). “É um trabalho que fortalece a função da assessoria técnica, porque a gente conversa com eles, tira dúvidas e até ajuda a escolher qual atividade produtiva eles querem desenvolver”, explicou Andressa Menezes, técnica do IRPAA.

“A retomada do Programa Cisternas consolida o que nós defendemos, que é a convivência com o Semiárido. É um processo que integra a família, porque todos participam”, completou.

O desenho do programa beneficia todos os envolvidos, de uma ponta a outra, como é o caso do pedreiro Flávio Rodrigues, que nunca havia trabalhado na construção civil. Ele passou por uma capacitação, esse ano, e agarrou a oportunidade. Desde que assumiu a função, perdeu as contas de quantas cisternas já ajudou a construir.

“Quero aprender mais ainda, desde moleque tinha vontade de ser pedreiro, e quero aproveitar a oportunidade de trabalhar na área. A cisterna é um presente, eu só tenho a agradecer ao programa, à ASA, a todos”, declarou Flávio. Entre o início e a entrega, a construção de cada cisterna pode variar entre sete e 15 dias, em média.

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e desenvolve o projeto de convivência com o bioma. A entidade é composta por mais de três mil organizações da sociedade civil, como sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais e institutos, como o IRPAA.

AVANÇO — Ao resgatar o Programa Cisternas, em 2023, após longo período sem incentivos, o Governo Federal investiu R$ 600 milhões e contratou 62,7 mil unidades, sendo 58,2 mil para o Semiárido e as demais para a região Amazônica.

As tecnologias sociais de acesso à água são um importante equipamento para a convivência com as regiões, promovendo dignidade, saúde, segurança alimentar e melhores condições de vida. Além disso, pesquisas científicas mostram a importância desses sistemas na saúde de gestantes e recém-nascidos.

 

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