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Laudo sobre morto em Jacarezinho mostra ferimento à pouca distância

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Um dos mortos na Operação Exceptis, realizada pela Polícia Civil do Rio do Janeiro, no dia 6 de maio deste ano, na comunidade do Jacarezinho, zona norte do Rio, foi ferido a pouca distância, como indica o laudo de necropsia do Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o documento, a entrada de um dos projéteis de arma de fogo, com que foi ferido, sugere que o disparo na linha média do corpo tenha ocorrido entre 60 cm e 70 cm. O laudo assinado pelo perito Alberto Jorge de Souza Carvalho indica que o homem de 30 anos teve hemorragia interna, lesão no fígado e no rim.

Esse é um dos 27 laudos feitos pelo IML a que a Agência Brasil teve acesso. A ação deixou 28 mortos, entre eles o policial civil André Farias. Os 27 corpos chegaram a ser levados para os hospitais municipais Salgado Filho, Souza Aguiar e Evandro Freire. Um outro homem foi ferido por seis disparos de arma de fogo. Os laudos indicam ainda que todos eram homens entre 16 e 48 anos e que os ferimentos foram em diferentes órgãos e até nas costas.

Os laudos da perícia feita no dia da Operação Exceptis incluem fotos de casas com marcas de sangue que sugerem o deslocamento de feridos e de ruas da comunidade com grande quantidade de cápsulas de projéteis de arma de fogo espalhadas pelo chão e marcas nas paredes e vidros das janelas.

MPRJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) que abriu um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) e instituiu uma Força-Tarefa para apurar a operação, informou que as investigações conduzidas pelo grupo “prosseguem com avanços que não podem ser comentados no momento para não prejudicar a apuração das circunstâncias das mortes ocorridas na operação do Jacarezinho. As conclusões serão apresentadas, apenas, ao final das investigações”.

Polícia Civil

De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil (SEPOL), “os laudos são compatíveis com o que ocorre em casos de conflito armado em ambientes confinados. Só é possível uma análise técnica após o confronto de todas as provas produzidas, evitando, assim, conclusões precipitadas.

Defensoria Pública

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro só vai dar declarações após concluir a análise dos laudos. “A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informa que teve acesso aos laudos e se manifestará após terminar a análise dos mesmos”.

Os parentes e amigos dos mortos acusam a polícia de execução, mas a corporação nega. No dia da ação, a Polícia Civil informou que ela foi deflagrada após denúncias de aliciamento de adolescentes para o tráfico de drogas. Dos 21 mandados de prisão da operação, três foram cumpridos e outros três investigados acabaram mortos.

Edição: Claudia Felczak

Fonte: EBC Geral

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Educação

Em função da calamidade no Rio Grande do Sul, Governo adia Concurso Público Nacional Unificado

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A nova data será anunciada quando houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional

Em razão da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será adiado em todo o país. A nova data vai ser anunciada assim que houver condições climáticas e logísticas de aplicação da prova em todo o território nacional. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira, 3 de maio, pela ministra da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Esther Dweck.

A decisão foi tomada de forma coletiva, após análise das condições no Rio Grande do Sul, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Procuradoria-geral do Estado do Rio Grande do Sul, além do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oficialização da medida foi efetivada a partir de um Termo de Acordo (confira em anexo).

“Essa decisão de adiamento busca garantir a integridade dos participantes, inclusive sua integridade física nas regiões onde seria impossível o deslocamento. Mas é uma integridade em todas as dimensões, preservando a vida das pessoas e também conferindo segurança jurídica ao concurso, que é algo essencial para todo mundo que está prestando concurso”, afirmou Esther Dweck.

A ministra assegurou que nos próximos dias, após a resolução das questões logísticas envolvidas, será anunciada a nova data. “Não temos uma nova data. Eu quero deixar claro que podemos, nas próximas semanas, divulgar a nova data. Nesse momento, toda a questão logística envolvida com a prova não nos permite dar uma nova data com segurança. A gente imagina que algumas semanas, ou até menos, a gente consiga divulgar a nova data”, enfatizou.

A ministra Esther Dweck enfatizou que a solução é a mais segura para todos em todo o país, ao garantir as mesmas chances para todos os candidatos em todos os lugares. “O adiamento reforça o compromisso do governo com a construção de um país melhor, um país mais inclusivo, com respeito ao próximo e a construção de uma democracia com a cara do Brasil. Por isso a gente não pode deixar ninguém de fora”, declarou Dweck.

O governo ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária” Paulo Pimenta, ministro da Secom

EMERGÊNCIA – Para o ministro Paulo Pimenta, a decisão, além de garantir isonomia a todos os candidatos, permite ao Governo Federal focar ainda mais os esforços na ajuda humanitária necessária ao Rio Grande do Sul. “O governo federal ouviu a população gaúcha e decidiu pelo adiamento da prova em todo Brasil. O Brasil se solidariza com o Rio Grande do Sul neste momento de dificuldades e vai prestar toda ajuda necessária”, disse.

O ministro afirmou que o foco do Governo Federal está no resgate das vítimas e restabelecimento das condições básicas de infraestrutura, como desobstrução de vias e restabelecimento de serviços essenciais, como energia elétrica e comunicações. Ele destacou que, devido à continuidade das chuvas, ainda não é possível calcular o alcance total dos danos. “Isso é aquilo que chamamos de segunda etapa: trabalho de reconstrução. E esse levantamento dos valores se dará a partir do plano de trabalho apresentado por cada município e pelo estado, mediante homologação da defesa civil”.

Pimenta disse que não há um valor acordado, mas assegurou que o Governo Federal não estabelecerá um limite para os recursos e irá prover o suporte financeiro necessário para a reconstrução das cidades. “O que o presidente Lula afirmou ontem é que não há limite definido. Vamos disponibilizar o recurso necessário para que, nas questões de responsabilidade do Governo Federal, todos os pleitos de reconstrução sejam atendidos”, declarou. Pimenta e o ministro da Integração de do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, voltam neste sábado para o Rio Grande do Sul para instalar um escritório de governo no estado.

ENEM DOS CONCURSOS – Conhecido como Enem dos Concursos por sua abrangência, o Concurso unificado tem mais de 2,14 milhões de inscritos de todas as regiões do país. Eles vão concorrer a 6.640 vagas em 21 órgãos da Administração Pública Federal. Quando remarcadas, as provas devem ocorrer em 228 municípios de todos os estados e no Distrito Federal.

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