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Empresas já podem iniciar estudos para Polo Logístico do DF
“Esse polo vai trazer muito investimento para o DF, além de uma valorização para a região do Recanto das Emas e Samambaia” Roberto Andrade, secretário de Projetos Especiais
Foram publicados nesta terça (22), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), os nomes das seis empresas autorizadas a realizarem estudos de viabilidade para concessão da implantação e exploração do Polo Logístico do Distrito Federal. “É mais uma PPP [Parceria Público-Privada] e um desejo antigo da população que está saindo do papel no governo Ibaneis Rocha”, comemora o secretário de Projetos especiais, Roberto Andrade. “Esse polo vai trazer muito investimento para o DF, além de uma valorização para a região do Recanto das Emas e Samambaia.”
A proposta para implantação do Polo Logístico no Recanto das Emas é nova. Inicialmente, o projeto foi chamado de Polo Atacadista e fazia parte do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo (Pro-DF II).
Agora, por meio da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe), o projeto segue em frente em parceria com a iniciativa privada, que vai investir em uma área de 260 hectares na BR-060, entre Samambaia e Recanto das Emas. Esse espaço terá uso predominantemente industrial e de comércio atacadista, com a oferta de comércio e serviços locais de apoio ao polo logístico.
O prazo para elaboração e apresentação dos estudos que viabilizarão o modelo de negócio é de 60 dias corridos, contados a partir da publicação no DODF. Das 11 empresas e associações de empresas que apresentaram a documentação para participar dos estudos, seis foram autorizadas: Alfa Empreendimentos Imobiliários Ltda, Aurora Participações Ltda, Base Investimentos e Incorporações SA e Barbosa e Dias Advogados Associados S/C, Orlando Empreendimentos Imobiliários Ltda, RNGD – Consultoria de Negócios Ltda e Urbancom – Fernandes – Giamundo Neto (consórcio composto pelas empresas Urbancom Consultoria e Participações Ltda, Fernandes Arquitetos Associados S/S – EPP e Giamundo Neto Sociedade de Advogados).
Projeto
A documentação publicada pela Sepe traz as sugestões que devem ser levadas em conta para o desenvolvimento dos estudos de modelagem técnica, econômico-financeira e jurídica. O estudo final, a ser escolhido pela equipe técnica da secretaria, vai traçar as diretrizes do projeto que será licitado.
A área de 260 hectares deverá ser entregue pela empresa que vencer a licitação com toda a infraestrutura urbana e logística de transporte de carga. Também terá que ser compatível com os melhores parques tecnológicos industriais em operação no Brasil.
Os usos industriais e de comércio atacadista deverão ser determinados pela demanda de mercado, mas essas atividades não poderão conflitar com a urbanidade e o uso residencial já existente nas cidades.
A infraestrutura urbana deverá compreender:
- Pavimentação e sinalização de vias compatíveis com as solicitações de carga previstas, envolvendo toda a pavimentação e paisagismo voltados a pedestres, ciclistas e espaços de lazer e recreação;
- Drenagem urbana sustentável, compatível com os termos de referência em vigor da Novacap e Adasa;
- Rede de esgotamento sanitário urbano e industrial com tratamento compatível com as diretrizes da Caesb.
- Infraestrutura de redes de energia elétrica de alta e baixa tensão independentes da rede de iluminação pública, de acordo com as diretrizes da CEB;
- Rede de dutos de telecomunicação e lógica em bancos de dutos subterrâneos.
“O modelo desenvolvido para o projeto é o de condomínios empresariais, em que as construções serão feitas para locação, permitindo que empresas deixem de imobilizar capital em instalações, concentrando os seus recursos na produção”, resume o secretário Roberto Andrade.
Atualmente com escoamento pela BR-040, transporte de carga para o DF terá como alternativa a BR-060
É com a venda, ou repasse direto de lotes, que a empresa vencedora da licitação terá o retorno financeiro do investimento. A modelagem a ser implantada no Polo Logístico está de acordo com as novas tendências de crescimento e expansão do e-commerce com as atividades de entrega em domicílio. Nesse momento em que a população adquiriu novos hábitos por conta do isolamento social, tornam-se cada vez mais viáveis investimentos desse tipo em regiões próximas aos centros de consumo.
É o caso do local onde será implantado o polo, que fica na BR-060, eixo de ligação entre Brasília e as cidades goianas de Anápolis e Goiânia. O empreendimento também vai reduzir o número de veículos de grande porte que circulam em Brasília, pois haverá uma logística de distribuição dos produtos, o que vai melhorar o fluxo do trânsito e preservar as rodovias urbanas. “Hoje, o transporte de carga para o Distrito Federal é feito pela BR-040; com o polo industrial, teremos mais uma alternativa de rota pela BR-060”, lembra o titular da Sepes.
Tramitação
Agora, o processo está na fase de desenvolvimento dos estudos. As seis empresas habilitadas para desenvolver a modelagem terão 60 dias para entregar suas propostas.
Após a análise pela equipe técnica da Sepe, o estudo escolhido será apresentado à sociedade durante audiência pública. Esse é o momento em que a população conhece o projeto, dá sugestões e sana suas dúvidas.
Concluída essa fase, a documentação será encaminhada para análise do Tribunal de Contas do DF (TCDF). Se não forem feitas observações para mudanças, o processo segue seu trâmite e vai para a última etapa.
Todo o material será encaminhado para a secretaria ou órgão que ficará responsável por publicar o edital de licitação.
Consulte aqui a publicação no DODF.
*Com informações da Secretaria de Projetos Especiais
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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