Saúde

Prefeito do Rio pede que população respeite medidas restritivas

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez hoje (19) um apelo à população para que respeite as medidas restritivas adotadas diante da gravidade da evolução da covid-19 na cidade. 

As ações foram ampliadas hoje em princípio até a segunda-feira (22), com a publicação de decreto de restrição ao acesso às praias, de suspensão das áreas de lazer e estacionamento na orla e da entrada de ônibus fretados na cidade. 

Acrescentou que não é negacionista, nem apavorado ou assustado e destacou que não implementou nenhum lockdown pedido por alguns setores da sociedade logo no início de seu governo, mas que fará o que for preciso no momento em que for necessário.

“Nesse momento há necessidade de aumento das restrições. Nesse momento há necessidade de mais consciência coletiva. Nesse momento há necessidade de ter o apoio da população para essa compreensão” disse durante a apresentação do 11º Boletim Epidemiológico.

Paes foi claro: “faço mais uma vez um apelo à consciência dos cariocas. É o momento de ficar em casa. Não estamos prendendo as pessoas em casa, nem impedindo de saírem às ruas, mas é o momento de se evitar o contato. É o momento de se evitar interações. Sair só se for necessário. É um momento difícil? É”, disse, acrescentando um pedido para que a população volte a articular redes de solidariedade para atender às necessidades dos mais pobres como ocorreu em 2020.

“O nosso apelo é também para que as pessoas tenham esse espírito de solidariedade que sempre foi tão marcante no Brasil e na nossa cidade. Esse espírito de solidariedade é fundamental para a gente atravessar essa fase difícil. São tempos difíceis, muito estranhos. São circunstâncias adversas e excepcionais, mas as medidas são necessárias. A gente está vendo as pessoas morrerem. Não é possível que as pessoas não se sensibilizem com o que está acontecendo”, afirmou.

Internações crescem no Rio

Pelos dados da prefeitura, o Rio registra o maior número de internações em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) desde o início da pandemia. 

Os dados de pacientes internados por dia na evolução de leitos ocupados indicam que, no dia 17 de março, da capacidade instalada de 776 leitos, 679 estavam operacionais. Segundo o prefeito, os sinais de rede de saúde estressada, de possibilidade de falta de leitos e de aumento na fila de regulação estão se confirmando no Rio.

“Nós temos que trabalhar para preservar vidas. Estamos anunciando essas medidas hoje pedindo à população, deixando claro, fazendo um apelo de que não é alarme falso, não é brincadeira, não é exagero da mídia, não é exagero do prefeito, não é exagero das autoridades sanitárias. É um fato que está acontecendo no Rio de Janeiro”, disse Paes. “Estamos vivendo uma situação muito crítica”

O prefeito informou que, na segunda-feira, vai se reunir com o Comitê Científico para anunciar novas medidas de restrição. Entre elas, a antecipação de feriados de abril. 

Segundo Eduardo Paes, o anúncio das novas restrições não ocorreu até agora porque ele ainda está articulando com o governador em exercício, Cláudio Castro, e com outros prefeitos, medidas que seriam cumpridas no estado, ou pelo menos, em uma região ao redor da capital. 

Apesar de buscar o consenso para o conjunto de restrições, o prefeito garantiu que não deixará de adotar medidas necessárias para a capital, caso não haja acordo regional. “Se as medidas vierem isoladas serão menos eficazes, mas eu não vou aqui deixar de tomar qualquer medida porque o município B, A ou D não tomou qualquer medida. Vamos tomar, mas é importante para a implementação das medidas que haja uma organização estadual. Tenho certeza que o governador Cláudio Castro está disposto a isso”, indicou, lembrando que na fila de espera de leitos há muitas pessoas de outros municípios. 

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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