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1º de Julho é o Dia da vacina BCG, que previne formas graves de tuberculose

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Nesta quinta-feira (1º) comemora-se o Dia da Vacina BCG, considerada uma das mais importantes do país e crucial para prevenir formas graves de tuberculose. Preconizado no Brasil desde 1976, é recomendável que o imunizante seja aplicado em crianças de zero a menores de cinco anos.

A cobertura vacinal da BCG no Distrito Federal, entre janeiro e abril de 2021, foi de 95,7% | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Para salvar vidas, é necessário administrar a vacina em dose única o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento da criança, ainda na maternidade. No Distrito Federal, a rede pública de saúde oferece o imunizante por meio de agendamento. No site http://www.saude.df.gov.br/vacina é possível ver os dias, horários e unidades que aplicam a BCG. Nas maternidades, por sua vez, ela é aplicada assim que o recém-nascido chega ao mundo. A única contraindicação da vacina é que ela não pode ser aplicada em bebês com menos de 2kg.

“A BCG é uma vacina eficiente e eficaz e fornecida pela rede pública de saúde, sem restrições ou dificuldades para o público que precisa ser vacinado”Osnei Okumoto, secretário de Saúde

“Comemoramos a data de hoje por tudo o que a vacina BCG tem representado na saúde pública, desde que surgiu, para salvar vidas de crianças acometidas pela forma mais grave da tuberculose”, destaca o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. Ele lembra que a rede pública do DF tem um atendimento eficaz e abrangente para beneficiar todo os recém-nascidos ainda na maternidade, ou por meio de agendamento pelo site da secretaria. “A BCG é uma vacina eficiente e eficaz e fornecida pela rede pública de saúde, sem restrições ou dificuldades para o público que precisa ser vacinado”, ressalta.

História

“Desde quando os pesquisadores descobriram a vacina percebeu-se que as crianças morriam recém-nascidas com tuberculose. Elas nasciam e morriam das formas graves da doença. Com a BCG, não se vê mais óbitos por tuberculose e, aqui no Brasil, ela tem entrou na rotina de vacinações”, explica a enfermeira Fernanda Ledes, da Secretaria de Saúde.

A vacina BCG foi originalmente desenvolvida na França desde o início dos anos 1900 como uma vacina oral contra a tuberculose. No Brasil, ela é utilizada continuamente desde a terceira década do século XX e, inicialmente, foi usada por via oral até meados dos anos 1970, quando foi substituída pela intradérmica. “Atualmente, a BCG é uma vacina certificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem sido descrita como uma das mais imunogênicas e com menos efeitos adversos entre as BCGs”, acrescenta Fernanda Ledes.

Chamada de BCG Moreau RJ, ela é a única vacina brasileira certificada e usada como reagente de referência pela OMS. Segundo dados da Secretaria de Saúde, a cobertura vacinal da BCG no DF, entre janeiro e abril de 2021, foi de 95,7%.

A rede pública do DF tem um atendimento eficaz e abrangente para beneficiar todo os recém-nascidos ainda na maternidade, ou por meio de agendamento pelo site da Secretaria de Saúde | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Cuidados

É normal que a vacina forme uma cicatriz na criança, mas nem todas vão ter a cicatriz. Ela forma um caroço após ser aplicada e, com o passar do tempo, evolui. “Depois de um tempo vai formar uma ferida com pus, depois uma úlcera (ferida aberta) e entre seis e 12 semanas vai surgir a cicatriz. Esse é um processo natural e não deve ser utilizada medicação”, explica Fernanda Ledes.

Para a higiene da ferida é recomendável lavar somente com água e sabão e secar com cuidado, sem espremer ou utilizar curativos. “É a evolução natural e os casos fora da evolução natural devem voltar a uma UBS para o profissional avaliar”, complementa.

Histórico da vacina

1906: Início do desenvolvimento da vacina Bacilo Calmette Guérin (BCG) por Léon Charles Albert Calmette (1863–1933) e Jean-Marie Camille Guérin (1872–1961), no Instituto Pasteur, em Paris, a partir da obtenção de uma cepa atenuada do Mycobacterium bovis.

1921: Obtenção da vacina BCG por Albert Calmette e Camille Guérin no Instituto Pasteur, em Paris.

1927: Início da vacinação contra a tuberculose no Brasil com a vacina BCG, na Liga Brasileira contra a Tuberculose, produzida na própria Liga a partir da cepa Moreau.

1961: Início da produção, no Brasil, da vacina liofilizada contra a varíola e da fórmula intradérmica da vacina BCG.

1968: Substituição da vacina BCG oral pela administrada por via intradérmica (ID).

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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