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O Caminhos da Reportagem aborda neste domingo a arquitetura verde

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Longe do verde e rodeados da paisagem urbana, muitas vezes esquecemos que nossos hábitos de vida – e até mesmo o lugar onde vivemos – têm um impacto na conservação do meio ambiente. Na edição deste domingo, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, mostra modelos de construção de casas e edifícios, residenciais ou comerciais, podem ter consequências diretas no consumo de água e energia, na geração de resíduos e qualidade de vida de quem ocupa esses espaços. Pensar formas mais sustentáveis de construir já é uma preocupação de muitos profissionais que buscam uma arquitetura com menos impacto para as gerações futuras.

A construção civil é um dos setores que mais geram resíduo – responsável por aproximadamente 60% do lixo sólido urbano, de acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon). A estimativa é que para cada três casas construídas, uma delas seria somente resíduo, aponta o engenheiro Frederico Rosalino, especialista em bioconstrução.  Medidas para evitar o desperdício de materiais e projetos com soluções que garantam boa ventilação e iluminação natural dos espaços evitam impactos ambientais durante e após as obras.

Em Brasília, equipe do Caminhos da Reportagem visitou um espaço que une diversas soluções verdes para garantir que seus moradores vivam com o menor impacto ambiental possível. O Sítio Nós na Teia, planejado pelo arquiteto Sérgio Pamplona, é 100% abastecido com água da chuva, graças a um sistema de reaproveitamento e à adoção de estratégias de uso racional do recurso. As construções no local também usam materiais sustentáveis – como pneus e garrafas reciclados e até mesmo bambu – e parte da comida é plantada no próprio local.

“Com a mentalidade atual, onde o ser humano chega, geralmente ele tira o solo fértil e vive num deserto. E aí come a comida que vem de longe e sabe-se lá produzida de que forma. A gente quer integrar essas coisas e fazer esses ciclos de vida estarem próximos – e nós, inseridos nesse ciclo de vida”, explica.

Edifícios verdes

A preocupação com uma forma mais sustentável de construir e habitar os espaços também ganha fôlego entre as edificações empresariais. O movimento global Green Building concede certificações a construções que adotem boas práticas ambientais em diversos aspectos como uso eficiente da água, da energia, qualidade interna do ar e a gestão de resíduos.

Estima-se que o mercado global de edifícios verdes não residenciais deve crescer de 69 bilhões de dólares, em 2020, para mais 79 bilhões, em 2021. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a construção de prédios sustentáveis pode gerar mais de 6 milhões de postos de trabalho no mundo até 2030.

A sede do laboratório Sabin, em Brasília, conta com um desses selos graças às soluções adotadas na sua construção que permitiram uma grande economia em energia, como janelas amplas que garantem uma boa iluminação, vidros que não absorvem o calor e teto verde que reduz o uso de ar condicionado.

Favelar

Mas, construir de forma sustentável, ainda está longe da realidade da maioria dos brasileiros. Pensando em proporcionar o acesso das populações de baixa renda a serviços de construção de qualidade e com menos impacto ambiental, o engenheiro Fábio de Moraes criou a Favelar, empresa que atende essencialmente moradores de comunidades do Rio de Janeiro. Um levantamento do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) apontou que apenas 15% da população conseguem engenheiros ou arquitetos na hora de fazer uma obra ou reforma.

“Fazer construção sustentável no Brasil ainda é um grande desafio, especialmente em territórios em situação de vulnerabilidade social. É preciso que a gente transforme toda a cadeia e a indústria para  fazer com que os materiais sustentáveis e ecoeficientes cheguem de maneira acessível a esses territórios. Ainda é um desafio, mas nós viemos trabalhando para mitigar esse impacto”, conta.

Ficha técnica:

Reportagem: Gracielly Bittencourt

Produção: Amanda Cieglinski, Ana Passos, Cíntia Vargas e Gracielly Bittencourt

Imagens: André Rodrigo Pacheco e Sigmar Gonçalves

Apoio imagens: Eduardo Guimarães

Auxiliares técnicos: Alexandre Souza, Edivan Viana, Thiago Pinto

Apoio ao auxílio técnico: Carlos Junior, Rafael Calado

Edição de texto: Amanda Cieglinski

Edição de imagens: André Eustáquio e Jerson Portela

O Caminhos da Reportagem vai ao ar neste domingo, às 20h, na TV Brasil. A íntegra da edição de hoje fica disponível no site do programa.

Edição: Aécio Amado

Fonte: EBC Geral

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“Mais de R$ 14 bilhões do Novo PAC são destinados para mobilidade urbana sustentável”, afirmou ministro Jader Filho

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Qualidade de vida dos brasileiros com transporte público mais eficiente, mais ágil e menos poluente foi destaque do discurso de comemoração da CNT

Durante a celebração dos 70 anos da Confederação Nacional do Transporte (CNT), realizada nesta quarta-feira (19), o ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou que os investimentos do Novo PAC dão a dimensão da importância da Mobilidade Urbana  para o Ministério das Cidades e para o governo do presidente Lula.

“Anunciamos recentemente mais de R$ 14 bilhões  do Novo PAC para a mobilidade urbana sustentável. São recursos destinados à conclusão de obras em andamento e à seleção de novos projetos em cidades de médio e grande porte do País”, afirmou Jader Filho.

Outro destaque foi o programa Refrota em que serão destinados  R$ 10,5 bilhões com  a expectativa de substituir cerca de 5.350 equipamentos antigos por veículos muito mais eficientes e menos poluentes, em 98 municípios brasileiros, incluindo 2.292 ônibus elétricos, 3.019 ônibus Euro 6 e 39 veículos sob trilhos.

“A operação tem como mote a integração da eficiência energética com o baixo consumo de combustível, contribuindo assim com a redução das emissões de CO2”, garantiu.

Durante o evento, que contou com uma mesa integrada por representantes de todos os Poderes da República, o ministro Jader Filho disse que “o Brasil é favorecido por ter uma entidade tão necessária para o seu desenvolvimento como a CNT. Sempre foi uma parceira do ministério na construção das políticas e no diálogo construtivo com o Governo Federal.  Juntos, construiremos um futuro mais sustentável e eficiente”.

O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, afirmou que a CNT representa a voz de uma atividade indispensável para o progresso brasileiro. “Não restam dúvidas de que investir no transporte é uma aposta assertiva e certeira no crescimento econômico, na geração de empregos e na melhoria da qualidade de vida da população”, falou.

Sob o lema O Transporte Move o Brasil, a Confederação intensificou a defesa dos interesses dos transportadores brasileiros, junto ao Executivo, ao Legislativo e ao Judiciário. “Isso porque temos a consciência da necessária união de esforços, envolvendo os poderes públicos e a sociedade, para avançar em uma agenda de aprimoramento das políticas públicas de infraestrutura, de modernização do ambiente negocial e do arcabouço regulatório nacional”, explicou Vander.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, elencou a atuação conjunta de importantes atores, como a CNT, vêm mudando cenários no Brasil.

Alckmin citou a melhoria da condição das rodovias, o Programa Mover, voltado à renovação da indústria automotiva, e a reforma tributária, que, segundo ele, trará mais eficiência econômica.

“O PIB pode crescer mais com a reforma tributária, que desonera totalmente o investimento e a exportação”, disse. Nesse sentido, ele fez um contraponto entre o mundo e o Brasil. “O volume de comércio exterior do mundo cresceu 0,8% e o do Brasil, 8%. Nós crescemos 10 vezes mais que a média mundial”.

Para esse resultado, “o transporte e a logística são essenciais, assim como o trabalho da CNT. Estou muito feliz de estar aqui na celebração dos 70 anos da entidade”, concluiu.

Também estiveram presentes na cerimônia os ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o secretário- executivo do Ministério dos Transportes, George Palermo Santoro.

*Com informações da Agência CNT Transporte Atual

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