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Em dois anos, foram recuperados 2,6 mil km de estradas rurais

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Manutenção de estrada rural na região do Rio Preto, em Planaltina (DF) | Foto: Divulgação/Emater-DF

A recuperação de 2,6 mil km de estradas rurais nos últimos dois anos tem melhorado as condições de escoamento da produção agropecuária do Distrito Federal. Reduz perdas por dificuldades de transporte e beneficia quem depende de serviços que só chegam ao campo por vias públicas de chão.

Essas ações são realizadas pelo Polo Rural, nome de força-tarefa de peso integrada por máquinas e trabalhadores de Emater-DF, Secretaria de Agricultura (Seagri), Departamento de Estradas e Rodagem (DER-DF), Novacap e administrações regionais.

“Com a patrolagem, os atolamentos e acidentes diminuíram bastante, além de termos custos reduzidos com manutenção dos veículos”Ivan Engler, presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do Distrito Federal (Copermista)

Motoniveladoras, pás-carregadeiras, rolos compactadores e outros equipamentos são utilizados para nivelar o leito das estradas e preparar o terreno para enfrentar a força da água das chuvas. Para tanto, constroem “bigodes” (uma espécie de escorredeira), baciões (reservatórios ao lado da estrada onde a água se acumula), quebra-molas e outras estruturas adequadas para preservar a ligação entre campo e cidade.

Benefícios ao consumidor

Todas as 32 regiões administrativas do DF foram beneficiadas pelas obras com a garantia de escoamento de produtos para o consumo. Para Ivan Engler, presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do Distrito Federal (Copermista), a ação do GDF é muito bem-vinda.

“Giramos cerca de 80 toneladas de produtos por mês, sempre em carros, caminhonetes e caminhões próprios. Com a patrolagem, os atolamentos e acidentes diminuíram bastante, além de termos custos reduzidos com manutenção dos veículos”, comemora.

O produtor acrescenta ainda que, com estradas melhores, os alimentos chegam com mais qualidade às feiras, aos mercados e à mesa do consumidor. De acordo com as categorias, as estradas em melhores condições evitam perdas no transporte e, consequentemente, aumentam a rentabilidade dos negócios.

Acesso mais fácil

“Temos de aplaudir toda ação que resulta em melhorias para o campo, não apenas do ponto de vista econômico, mas principalmente do social”Denise Fonseca, presidente da Emater-DF

Mas não é apenas o escoamento da produção que ganha com o trabalho do Polo Rural do GDF Presente. “Dependemos de serviços oferecidos nas áreas urbanas, como atendimento médico, acesso a comércio, bancos e autarquias. Chegar na cidade agora está mais fácil”, avalia Ivan Engler, que mora no núcleo rural Rio Preto, Região Administrativa de Planaltina.

Outro aspecto da vida cotidiana que melhorou foi a segurança pública. “Com as estradas melhores, o patrulhamento policial está mais constante”, conclui o produtor. Também há redução de poeira no ar, que diminui a incidência de casos de problemas respiratórios, especialmente em idosos e crianças.

“Temos de aplaudir toda ação que resulta em melhorias para o campo, não apenas do ponto de vista econômico, mas principalmente do social”, diz a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca. “Todos os nossos extensionistas têm essa visão. Não adianta melhorar condições de produção, se isso não se reflete em qualidade de vida para quem trabalha a terra. E a união de esforços é o caminho para uma gestão pública mais eficiente e humana”, afirmou.

Exemplo de “bacião” que acumula água da chuva ao lado da via, evitando erosões e assoreamento de rios | Foto: Divulgação/Emater-DF

Aliança ambiental

O gerente da Emater-DF no Rio Preto, Eduardo Damásio, conta que a região foi uma das que recebeu o Polo Rural. “Além de todos os benefícios para a mobilidade, a ação tem vantagens ambientais. Foram construídas bacias e ‘bigode’, que fazem as águas da chuva escorrerem para fora das estradas, evitando erosões e até mesmo o assoreamento dos rios e ribeirões que abastecem as chácaras e levam água para a área urbana”, explica.

O engenheiro-agrônomo Rodrigo Marques, também do escritório do Rio Preto, aponta que a recuperação das estradas se alia a técnicas que permitem a conservação do solo e da água  de fontes correntes. “Estamos orientando os produtores a adotarem o plantio de braquiaras, o plantio direto e a fazerem o redimensionamento de terraço, o que complementam o trabalho”, diz.

Polo rural

Para o subsecretário de Desenvolvimento Rural da Seagri, Odilon Vieira Júnior, o objetivo do Polo Rural do GDF Presente é otimizar a utilização de equipamentos dos vários órgãos governamentais.

“Estamos somando parcerias para obter resultados mais rápidos e eficientes para a população”, explica. O trabalho é coordenado pelo subsecretário, que recebe demandas das comunidades rurais e organiza de acordo com a capacidade das instituições. “O trabalho é feito de forma integrada, onde todos ganham”, acrescenta Odilon.

“Basicamente, é um trabalho de manutenção, porém mais organizado e eficaz”, aponta o diretor de Mecanização Agrícola da Seagri, José Voltaire Brito Peixoto. “A DF-100 [no extremo leste do Distrito Federal, entre as RAs de Planaltina e Paranoá, que liga importantes regiões de produção agrícola], por ter um grande fluxo e estar localizada numa região bastante produtiva, foi visitada cinco vezes no ano passado”, exemplifica.

Extensão rural

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

Fonte: Governo DF

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Webinário Junho Verde debate instrução normativa ambiental

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No âmbito das comemorações relacionadas ao mês do meio ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, juntamente com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), transmitiu, nesta segunda-feira (21), pelo canal do YouTube da autarquia, o terceiro dia do webinário Junho Verde, com foco na Instrução Normativa (IN) nº 33, que estabelece procedimentos de recuperação ambiental no Distrito Federal.

No início da live, o titular da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) do instituto, Alisson Neves, falou sobre a importância dos mecanismos de recuperação saudável do meio ambiente. Destacou três pontos fundamentais para o processo: a recuperação ambiental não é atividade potencialmente poluidora; o dano ambiental não deve ser terceirizado ao órgão ambiental e os processos de recuperação devem ser apresentados pelos interessados.

Em seguida, a jornalista Bárbara Xavier, da Assessoria de Comunicação do Brasília Ambiental, abriu os trabalhos, apresentando as participantes do órgão – a diretora de Licenciamento Ambiental, Juliana de Castro, e a engenheira Heloísa Carvalho. As palestrantes falaram sobre o ato administrativo, recordando seu histórico e destacando atualizações e inovações do processo.

Em relação à inovação trazida pela IN 33/2020, Juliana de Castro citou a emissão de autorização por adesão e compromisso: “Consiste num documento em que o interessado se compromete a cumprir todas as exigências preestabelecidas pelo órgão ambiental. Ainda está em fase de teste, mas nós estamos confiantes no sucesso desta medida, de maneira a aproximar o interessado do órgão ambiental”.

“A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”Heloísa Carvalho, analista do Brasília Ambiental

A respeito da organização e efetividade dos processos de recuperação ambiental, Heloísa Carvalho falou sobre os objetivos, tanto para recomposição de vegetação nativa quanto para reabilitação ecológica. Também abordou os atos motivadores, relatórios de monitoramento, indicadores e quitação da obrigação, entre outros itens. “A publicação dessa Instrução Normativa foi só o início de um grande trabalho que ainda perdura. À medida que vamos executando, nós vamos amadurecendo as ideias”, explicou a engenheira.

O encerramento do webinário Junho Verde, iniciado no dia 7, será na próxima segunda-feira (28), com o tema “A tecnologia a serviço do meio ambiente do DF”, também com transmissão ao vivo pelo YouTube do Brasília Ambiental, a partir das 10h. Confira aqui a programação completa do evento.

*Com informações do Brasília Ambiental

Fonte: Governo DF

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