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Governo de Goiás entrega máquinas agrícolas a 22 prefeituras

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Equipamentos foram adquiridos pela Seapa com recursos de emendas da bancada federal goiana no Congresso Nacional. Objetivo é apoiar agricultura familiar

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), entregou nesta segunda-feira (27/11) 46 máquinas e equipamentos para apoiar atividades da agricultura familiar em 22 municípios goianos. A solenidade foi realizada na sede da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), em Goiânia, e contou com a presença de gestores estaduais e federais, deputados federais goianos, prefeitos e secretários municipais.

Foram firmados termos de cessão de uso para 22 tratores agrícolas, 13 grades aradoras, duas retroescavadeiras, dois distribuidores de calcário, duas plantadeiras adubadeiras, duas colhedoras de forragens, uma carreta reboque, um caminhão basculante e um caminhão compactador. Os itens foram adquiridos pela Seapa com recursos de emendas da bancada federal goiana no Congresso Federal. A Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) repassou R$ 7 milhões por meio de convênios com contrapartida do Governo de Goiás.

Governo de Goiás entrega 46 máquinas e equipamentos para apoiar atividades da agricultura familiar em 22 municípios goianos

Governo de Goiás entrega 46 máquinas e equipamentos para apoiar atividades da agricultura familiar em 22 municípios goianos

Em seu discurso, o secretário Pedro Leonardo Rezende agradeceu aos deputados federais pela destinação de emendas e destacou a importância de fazer o maquinário chegar aos municípios. “Estes equipamentos são importantes para desenvolver políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, como apoiar os produtores que participam do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Como entes públicos, nosso dever é proporcionar condições para que estes agricultores familiares participem do processo de crescimento do agronegócio goiano como um todo. Todos eles têm direito de usufruir deste bom momento por meio da inclusão produtiva”, afirmou.

Anfitrião do evento, o presidente da Emater, Rafael Gouveia, lembrou que o agricultor familiar geralmente não tem condição de adquirir tratores e outras máquinas de maior porte. “Eles recorrem às prefeituras, então, com a ida destas máquinas para os municípios, os prefeitos passam a ter meios para atender esses produtores, auxiliando para que possam avançar nas suas atividades”, afirmou. Gouveia também ressaltou a importância da parceria entre Seapa, Emater e bancada federal goiana. “Juntos, estamos estendendo a mão para aqueles que mais precisam”, concluiu.

Coordenadora da bancada goiana no Congresso Nacional, a deputada federal Flávia Morais citou o empenho dos parlamentares em destinar recursos aos municípios e garantiu mais recursos para máquinas e equipamentos. “Está mantida a emenda da bancada para o ano que vem. Vamos trabalhar para levar mais máquinas aos municípios, de forma que os prefeitos possam entregar mais aos pequenos produtores”.

O prefeito de Hidrolina, Eli Siqueira, falou em nome dos gestores municipais que assinaram os termos de cessão de uso das máquinas e equipamentos. Ele destacou o perfil municipalista da gestão do governador Ronaldo Caiado e agradeceu ao Governo de Goiás e à bancada federal goiana pela iniciativa. “Se não houvesse emendas, ficaria inviável administrar os municípios. São benefícios grandes. Ficamos eternamente agradecidos”, declarou. Além de Hidrolina, foram beneficiados os municípios de Avelinópolis, Catalão, Itapaci, Faina, Cavalcante, Iporá, Itapuranga, Serranópolis, Palestina, Firminópolis, Bonfinópolis, Paranaiguara, Sítio d’Abadia, Turvânia, Ipameri, Formoso, Pontalina, Rialma, Campinaçu, Ceres e Davinópolis.

As 46 máquinas e equipamentos entregues nesta segunda-feira se somam agora a outros 951 bens já repassados pelo Governo de Goiás desde 2019, dentro do projeto Mecaniza Campo. O total de municípios beneficiados chega a 243, com mais de R$ 202 milhões em investimentos realizados.

Fotos: Seapa / Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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