Agro

Em Jataí, representantes de 11 embaixadas conhecem biofábrica e ações do Governo de Goiás voltadas à sustentabilidade da produção agropecuária

Publicado

em

Evento ocorreu nesta quinta-feira (10/8), com a presença do vice-governador Daniel Vilela e do secretário de Agricultura, Pedro Leonardo Rezende

O vice-governador Daniel Vilela e o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, levaram representantes de 11 embaixadas para um Dia de Campo em Jataí nesta quinta-feira (10/8). O grupo recebeu informações detalhadas sobre o Programa Estadual de Bioinsumos e conheceu a fábrica da Solubio, empresa que é referência no assunto. Integraram a comitiva autoridades da União Europeia, Israel, Áustria, Alemanha, Índia, Nigéria, Malawi, Quênia, República Dominicana, Azerbaijão e Burkina Faso.

“A busca por insumos biológicos, que diminui consideravelmente os custos de produção, é um dos principais desafios do agronegócio”, afirmou Daniel Vilela. “Nossa expectativa é de que os embaixadores tomem como exemplo o trabalho feito por esta fábrica de bionsumos e que a partir daí, concretizemos bons acordos comerciais entre as empresas instaladas em Goiás e diversos países”, frisou o vice-governador.

O secretário Pedro Leonardo Rezende disse que os indicadores de produtividade de Goiás despertam o interesse de outros países e que eventos como este são oportunidades para mostrar as potencialidades do Estado e da região de Jataí. “Temos buscado cada vez mais mostrar as nossas potencialidades e todos os investimentos realizados para o fortalecimento desta atividade, que é a base econômica do Estado”, afirmou.

Rezende também ressaltou que Goiás vem se consolidando como um dos principais Estados que investem em tecnologias de sustentabilidade voltadas aos sistemas produtivos. “Uma delas são os bioinsumos, que, além de mais amigáveis ao meio ambiente, também podem diminuir custos de produção e reduzir a dependência de insumos químicos importados. Neste tema Goiás é protagonista, tendo elaborado toda a legislação do Programa Estadual de Bioinsumos, e apoia outras tecnologias sustentáveis”, completou.

O prefeito de Jataí, Humberto Machado, participou da agenda. Ele falou dos investimentos feitos pela Prefeitura para incentivar a implantação de empresas como a Solubio. “É modelo para o mundo, e por isso chamou a atenção destes 10 países que estão presentes aqui”, declarou. Pela Seapa, também participaram do evento a chefe de Gabinete, Paula Coelho, e o superintendente de Gestão Integrada, Renato Faria.

Representando as 11 embaixadas, estiveram: Maurizio Cellini (Chefe do Setor de Comércio da Delegação da União Europeia); Ari Fischer (Assessor de Agronegócio e Água da Embaixada de Israel); Judith Schildberger (Vice-Embaixadora da Áustria); Baisnab Pradhan (Vice-Embaixador da India); Muhammad Ahmad (Embaixador da Nigeria) e Kelechi Nwanegwo (Conselheiro); Aminata Congo (Embaixadora de Burkina Faso) e Souleyman Zango (Conselheiro); Roland Mohr (Conselheiro para Alimentação e Agricultura da Embaixada da Alemanha); Tadala Makato (Primeira Secretária para Assuntos Políticos da Embaixada do Malawi) e Yassin Mwachande (Primeiro Secretário para Assuntos de Investimentos); Lemarron Kaanto (Embaixador do Quênia) e Benjamin Kwendo (Adido Financeiro); Marino Castillo (Ministro Conselheiro da Embaixada da Republica Dominicana); e Khagani Suleimanov (Adido Financeiro da Embaixada do Azerbaijão).

Saiba mais
O Programa Estadual de Bioinsumos foi instituído em maio de 2021 pela Lei nº 21.005, com o objetivo de “ampliar e fortalecer a adoção de práticas para a evolução do setor agropecuário, com a expansão da produção, do desenvolvimento e da utilização de bioinsumos e sistemas de produção sustentáveis”. Pioneira entre os Estados brasileiros, a legislação goiana é considerada modelo e vem servindo de inspiração para que outras unidades federativas desenvolvam suas próprias leis.

A Solubio possui atualmente 680 colaboradores. Sua equipe científica conta com 30 PhD’s e cinco pós-doutorados. Presente em grande parte do território nacional, a empresa tem como meta democratizar globalmente o Manejo Biológico OnFarm (dentro da fazenda), além de ser comprometida com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

Comentários do Facebook

Agro

Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

Publicados

em

Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA