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Governo de Goiás divulga resultado preliminar no PAA Goiás 2023, com 842 propostas classificadas

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Número de cadastros superou a meta inicial. Interessados têm prazo para recursos até 9 de agosto. Resultado definitivo sai no dia 17

O Programa de Aquisição de Alimentos Estadual (PAA Goiás 2023) entrou em nova fase na última quarta-feira (2/8), com a divulgação, no Diário Oficial do Estado (DOE), do resultado preliminar do cadastramento de agricultores familiares para o fornecimento de itens hortifrutigranjeiros a serem doados para entidades sociais. A Comissão Especial do PAA Goiás 2023 recebeu 1.954 propostas. Deste total, 1.032 foram deferidas. As propostas foram então ranqueadas, conforme os 17 pontos de priorização estabelecidos no edital de Chamamento Público nº 001/2023-Seapa, e 842 delas foram consideradas classificadas.

Confira o Resultado Preliminar: https://www.agricultura.go.gov.br/files/2023/PAA/PAAGoias2023-ResultadoPreliminar-02082023.pdf

A partir de agora, os interessados terão prazo de 7 dias (de 3 a 9 de agosto) para apresentarem recursos às decisões. A Comissão Especial do PAA Goiás 2023 analisará os recursos no período de 10 a 16 de agosto. O resultado definitivo será publicado no DOE no dia 17 de agosto.

“Foi um período muito intenso de trabalho para as equipes das Seapa e da Emater, que mobilizaram produtores em todo o Estado. Devido ao volume de recursos disponíveis, R$ 12 milhões, tínhamos uma meta inicial de captar 800 propostas. Recebemos quase duas mil manifestações de interesse e conseguimos superar aquela meta inicial, chegando a 842 propostas classificadas”, comemora o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende. “O trabalho está apenas começando. Vamos cumprir as etapas restantes do edital e depois focar na produção e repasse destes alimentos às famílias carentes”, acrescenta.

As 1032 propostas deferidas tiveram origem em 136 municípios. Formosa (97), Minaçu (55) e Morrinhos (45) foram os municípios com mais cadastros. Ao todo, 145 produtos diferentes foram ofertados, sendo os maiores volumes de mandioca, melancia e milho verde. A mandioca também esteve entre os itens mais citados nos projetos, logo atrás da couve e do cheiro verde. Outra curiosidade é que, das 842 propostas classificadas, 54% foram enviadas por mulheres; os homens responderam por 46%.

Saiba mais
A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) são gestoras do PAA Goiás 2023, em parceria com o Gabinete de Políticas Sociais (GPS) e a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), via Goiás Social.

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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