Saúde

Mais Médicos bate recorde e tem mais de 34 mil profissionais inscritos

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Edital do programa alcançou o maior número de cadastros da história. Expectativa é de que até o fim do mês os médicos já estejam em atuação

O Mais Médicos bateu o recorde de inscrições de profissionais, com 34.070 médicos cadastrados no chamamento de vagas, sendo 19.652 brasileiros com registro profissional no país. O número de inscritos foi o maior já alcançado desde a criação da iniciativa, em 2013, durante a gestão da presidenta Dilma Rousseff. O prazo para inscrições foi encerrado nesta quarta-feira (31/5).

A próxima etapa é a publicação das inscrições validadas, que será veiculada ainda nesta quinta (1/6), seguida por período de interposição de recursos e, por fim, a divulgação dos resultados finais. A expectativa é que a partir do dia 16 de junho seja divulgada a confirmação das vagas e dos locais escolhidos pelos candidatos, com início da atuação prevista para o fim do mês.

Os médicos brasileiros registrados no Brasil terão prioridade no preenchimento das vagas. As vagas não ocupadas por médicos com registro no país serão preenchidas por brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS).

» Confira a lista completa de vagas disponíveis 

Para o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, as melhorias do Mais Médicos representaram um passo importante para a alta adesão. “O programa está com cara nova, renovado e ampliado, com diversos incentivos para fixação e especialização dos médicos”, afirma.

O ciclo do programa agora é de quatro anos, com a primeira metade da atuação destinada à especialização com foco em habilidades e competências de Medicina de Família e Comunidade, e o segundo momento voltado para o mestrado profissional.

“Ao fim de quatro anos de ensino em serviço, os médicos podem realizar a prova de título da sociedade e ter três títulos, caso sejam aprovados nas avaliações previstas: especialista Lato Sensu, mestrado profissional e a possibilidade da realização da prova de título de Médico de Família e Comunidade”, destaca o titular da secretaria.

Além disso, os profissionais vão receber incentivo para atuação em locais de difícil acesso, com percentuais que variam de acordo com a vulnerabilidade, dificuldade de fixação de médicos e porcentagem da população que depende unicamente do Sistema Único de Saúde (SUS).

RETOMADA – O Governo Federal divulgou, em 22 de maio, um edital com 5.970 vagas distribuídas em 1.994 municípios de todas as regiões do Brasil. O programa pretende garantir atendimento médico especialmente em regiões de vazios assistenciais e, em sua nova versão, traz oportunidades de qualificação profissional para os médicos que atuarem no programa, além de oferecer incentivos para quem ocupar vagas em municípios mais vulneráveis.

As novidades incorporadas pelo Mais Médicos buscam atrair e valorizar o profissional que participa do programa e, assim, garantir o cuidado da população e das comunidades. “Nosso objetivo é que os profissionais com registro no Brasil ocupem as vagas que estão sendo ofertadas e, por isso, pensamos em tantas estratégias”, reforça.

Além da oportunidade de qualificação, todos os participantes poderão receber incentivos pela permanência no programa. Aqueles que forem alocados em regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade, conforme classificação divulgada por meio de edital, recebem percentual maior.

A retomada do programa Mais Médicos com reformulações e mais benefícios foi anunciada em março pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.

ATENÇÃO PRIMÁRIA – Fortalecer a Atenção Primária é um passo importante para garantir o acesso à saúde da população. “Estudos recentes, tanto nacionais quanto internacionais, demonstraram redução de até 25% da mortalidade infantil nas cidades que têm maior presença de profissionais do Mais Médicos em atuação”, ressalta o secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço. Vale lembrar que, com a Atenção Primária, é possível prevenir e atender cerca de 80% das demandas da população.

Detalhes sobre as inscrições:

Médicos com CRM 19.652
Brasileiros com registro no exterior 10.523
Estrangeiros com registro no exterior 3.895
Total de brasileiros inscritos 30.175
Total geral 34.070

Fonte: Ministério da Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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