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Saldo de crédito ampliado cresce e atinge R$ 14,7 trilhões

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O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro atingiu, em novembro deste ano, R$ 14,7 trilhões. A cifra, divulgada hoje (27), em Brasília, pelo Banco Central (BC), representa aumento de 1,3% em comparação com o montante de outubro (R$ 14,6 trilhões) e corresponde a 150% do Produto Interno Bruto (PIB).

O crédito ampliado ao setor não financeiro compreende, além das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) – empréstimos e financiamentos concedidos por bancos e outras instituições financeiras –, as operações de crédito dos demais setores institucionais residentes, os títulos de dívida públicos e privados e os créditos concedidos por não residentes (dívida externa).

A atualização mensal da estatística indica as principais fontes de recursos utilizadas para o financiamento dos setores público e privado não financeiros da economia brasileira, permitindo a análise do nível e do perfil de endividamento do governo, das empresas e das famílias.

Segundo o Banco Central, o aumento do saldo, em novembro, decorre das operações com títulos públicos de dívida (expansão de 1,4%), empréstimos do SFN (1,1%) e empréstimos da dívida externa (1,9%, em parte por conta da depreciação cambial de 0,7% no mês).

O crédito ampliado às famílias atingiu R$ 3,4 trilhões – aumento mensal de 1,4% e de 17,9% em 12 meses. Já o crédito ampliado a empresas teve alta de 0,7%, atingindo R$ 5,1 trilhões (52,1% do PIB), tendo sido influenciado principalmente pelo aumento de 1,9% nos empréstimos da dívida externa.

Nos 12 meses encerrados em novembro, a elevação de 9,6% do crédito ampliado a empresas decorreu principalmente da expansão de 26% em títulos de dívida e de 10,8% na carteira de empréstimos e financiamentos do SFN.

Empréstimos bancários

Considerando apenas o crédito do SFN (empréstimos e financiamentos concedidos por bancos e outras instituições financeiras), os empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil totalizaram R$ 5,3 trilhões – alta mensal de 1% que, segundo o BC, resulta dos incrementos de 0,4% no crédito destinado a empresas (R$ 2,1 trilhões) e de 1,5% no direcionado a famílias (R$ 3,2 trilhões).

O fluxo total de contratações de crédito somou R$ 506,4 bilhões em novembro, com alta de 21,9% no acumulado em 12 meses, mas, em comparação a novembro de 2021, a expansão do crédito se desacelerou, recuando de 15,7% em outubro para 14,7% em novembro. No crédito a pessoas jurídicas, o indicador caiu de 10,2% para 9,4%, enquanto nas operações a pessoas físicas a retração foi de 19,6% para 18,5%.

O crédito com recursos livres para empresas somou R$ 1,4 trilhão em novembro, com estabilidade no mês e alta de 10,8% em 12 meses (13,2% em outubro). Já o crédito com recursos livres a famílias alcançou R$ 1,8 trilhão, com altas de 1,5% no mês e de 19,1% em 12 meses.

Inadimplência

A inadimplência do crédito total do sistema financeiro, que considera os atrasos superiores a 90 dias, alcançou 3,1% da carteira em novembro, com alta de 0,1 ponto percentual, refletindo a elevação na inadimplência do crédito livre, situada em 4,3%. O endividamento das famílias com operações de crédito do SFN alcançou 49,8% em outubro, com elevações de 0,2 ponto percentual no mês e de 1,4 ponto percentual em 12 meses.

Taxa de juros

A taxa de juros média cobrada das famílias subiu, em novembro, na comparação com outubro, e ficou estável para as empresas. Segundo dados do Banco Central, a taxa para empresas subiu 1,8 ponto percentual para 59% ao ano, em novembro. No caso das empresas, na comparação com o mês anterior, ficou estável em 23,4% ao ano.

Essas taxas são do chamado crédito livre, aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa de juros subiu 0,3 ponto percentual para pessoas físicas e ficou em 11,3% ao ano. Para as empresas, a alta foi de 2,1 ponto percentual, chegando a 11,1% ao ano.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Economia

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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