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Governo do Tocantins avança com agenda ambiental e o Estado pode ser o primeiro a vender créditos de carbono florestal jurisdicional

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Nos últimos 12 meses, o Governo do Tocantins avançou significativamente em sua agenda ambiental e está perto de se tornar o primeiro Estado a vender créditos de carbono jurisdicional florestal no mercado voluntário no Brasil e um dos pioneiros no mundo. São 200 milhões de toneladas em créditos de carbono jurisdicional prontos para serem negociados no mercado internacional, podendo garantir ao Estado mais de R$ 10 bilhões nos próximos 16 anos.

O avanço é atribuído ao esforço do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh)  para construir um arcabouço legal robusto, incluindo o Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins, bem como demonstrar o compromisso da gestão estadual em reverter os recursos obtidos com a comercialização desses créditos nas metas e diretrizes estabelecidas na Estratégia Tocantins Competitivo e Sustentável.

“O Tocantins tem buscado parcerias e soluções, um trabalho árduo para transformar os resultados obtidos de redução do desmatamento e da degradação florestal em ganhos para o Estado. Avançamos muito nos últimos 12 meses e seguiremos avançando rumo ao desenvolvimento sustentável do Tocantins”, ressalta a secretária do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins, Miyuki Hyashida.

Elegibilidade

Para que os créditos sejam acessados, é necessário que o Estado esteja elegível e para sua elegibilidade é necessário que cumpra os parâmetros definidos pela Resolução CONAREDD+ nº 7, de 6 de julho de 2017. O Tocantins obteve a elegibilidade para acessar recursos de pagamentos por resultados de REDD+ nos biomas Amazônia, em outubro de 2021, e Cerrado, em agosto de 2022. No total, o Estado tem 245 milhões de toneladas de CO₂eq (CO₂ equivalente) elegíveis nos dois biomas para serem transacionados.

Após se tornar elegível, o Estado realizou, em setembro deste ano, edital de Chamamento Público para seleção de parceiro nacional ou internacional com o intuito de aportar recursos financeiros para a implementação e execução de medidas com vistas a estruturar o Estado a se tornar elegível para atuação no mercado de carbono voluntário. Três empresas apresentaram propostas  para serem parcerias do Governo do Tocantins no processo.

Salvaguardas

A superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos, explica que o acesso a estes recursos é fundamental para a construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável no Tocantins, o que inclui a participação dos povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares (PIPCTAF).

“Temos alguns desafios pela frente, incluindo a definição do papel de cada um, com governança e transparência”, afirma Marli Santos, destacando ainda a importância do envolvimento dos povos indígenas na construção do sistema de salvaguardas do Tocantins para realizar de forma conjunta o planejamento da repartição de benefícios obtidos com a transação de créditos de carbono.

O Tocantins recebeu, em abril deste ano, lideranças indígenas e representantes dos nove estados da Amazônia Brasileira que compõem o Comitê Regional para Parcerias com os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, instância de diálogo e parceria entre estes grupos sociais com os Estados Membros da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF). O Governo do Estado, além de ocupar cadeira no Comitê ao lado de um representante das nove etnias indígenas do Tocantins, ofereceu apoio para a realização da reunião ordinária do colegiado em Palmas.

Monitoramento dos recursos hídricos

A ampliação da rede de alerta e fortalecimento do banco de dados hidrometeorológicos do Estado também são exemplos do trabalho executado pelo Tocantins para garantir água em quantidade e qualidade para seus diversos usos. De 2021 para cá, a rede de monitoramento hidrometeorológico, que monitora a quantidade de água dos corpos hídricos, saltou de 46 para 66 plataformas de coleta de dados (PCDs).

Essas estações, que geram dados de nível, vazão e chuvas, estão sendo instaladas em pontos estratégicos como a bacia hidrográfica do Rio Formoso, que recebeu uma das cinco PCDs que estão sendo instaladas em 2022. O planejamento é ampliar ainda mais a rede em médio prazo, chegando a 80 plataformas, aumentando o alcance atual do projeto de cobertura de 57,5% para 82,5% das bacias.

Além do monitoramento, o Estado também investiu em programas de recuperação e revitalização das bacias hidrográficas. No total, foram mais de R$ 1,4 milhão investidos na instalação de quatro Centros de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD) em Gurupi, Natividade, Araguatins e Palmas, com capacidade de produção de 500 mil mudas nativas do Cerrado por ano. Os centros atendem os cinco Comitês de Bacia Hidrográfica instalados no Tocantins, que realizam a coleta de sementes e o plantio das mudas nas respectivas bacias.

Tocantins recebeu este ano lideranças indígenas e representantes dos nove estados da Amazônia para reunião do Comitê Regional para Parcerias com os Povos Indígenas – Marcel de Paula/Governo do Tocantins

Fonte: Governo TO

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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