Economia

Contratação de temporários deve crescer a partir de novembro no Rio

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Os meses de novembro e dezembro deverão registrar o maior número de contratações temporárias para as festas de fim de ano, ou alta temporada, no município do Rio de Janeiro. O crescimento esperado é de 42,5% para o fim de ano e de 37,3% para a alta temporada, revela pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ). A sondagem foi feita entre os dias 4 e 7 deste mês em 912 estabelecimentos do comércio da capital fluminense.

De acordo com o levantamento, a intenção de 40,2% dos empresários do comércio é que todos os temporários, ou quase todos, sejam contratados de forma permanente até janeiro de 2023. Para 29,9% dos empreendedores do setor, a tendência é aproveitar os trabalhadores temporários até dezembro deste ano. Segundo a pesquisa, 61,8% dos comerciantes disseram que há possibilidade de contratar permanentemente os trabalhadores para aumentar os quadros de suas empresas, 21,3% ainda não sabem se vão contratar e 16,9% não vão aproveitar os temporários.

Ao todo, 21.331 funcionários serão contratados, uma média de três temporários para seis efetivos por estabelecimento. “Em relação à média de funcionários efetivos, é um volume bem significativo”, disse hoje (27) à Agência Brasil o diretor do IFec RJ, João Gomes. O salário de cada contratado temporário ficará em torno de R$ 1.437.

A ideia que prevalece entre os varejistas do comércio carioca é contratar pelo menos um dentre os três temporários. “É uma oportunidade para o emprego efetivo formal. Desses três, um ter chance de ser efetivado é um movimento bastante significativo”, afirmou Gomes.

Recuperação

O economista destacou que, na última quarta-feira (26), os números de setembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) indicaram nova recuperação, com geração de 278.085 postos de trabalho formais no país, alcançando estoque recorde de empregos formais de 42.825.955 postos de trabalho com carteira assinada. O maior crescimento ocorreu no setor de serviços, com saldo de 122.562 postos.

“Mesmo assim, existe uma boa perspectiva de temporários em volume bastante significativo, o que chama a atenção”, comentou o economista, ressaltando que isso vai ao encontro de outras pesquisas do IFec RJ, que apontam perspectiva favorável para os próximos meses. Segundo Gomes, já se esperava aceleração do emprego no segundo semestre e, desde setembro, os números começaram a melhorar. “E a consolidação do emprego ajudou bastante nesse processo.”

Conforme o com a pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises, 60% dos entrevistados não pretendem contar com funcionários temporários para as festas de fim de ano, ou alta temporada, contra 27,9% que disseram que contarão e 12,2% que ainda não decidiram.

A pesquisa mostra também que 59,1% dos empresários apresentaram como principal motivo para não contratar os temporários já ter número de funcionários suficiente. “Tem uma chance muito grande de [a decisão] ter sido por conta da evolução do emprego formal que está se observando”. Custo operacional elevado e incertezas da economia foram motivos mencionados por 18,2%, cada.

João Gomes destacou ainda que a média histórica de funcionários efetivos com a qual o instituto trabalhava sempre foi de cinco. “E, surpreendentemente, a gente observou seis nessa pesquisa. Tem vários registros que caminham nessa direção, que o número de efetivos tem influenciado a tomada de decisão na contratação de temporários.”

Natal

Outra pesquisa, feita pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e pelo Sindicato dos Lojistas do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), que ouviu neste mês de outubro 300 empresas dos setores de confecções e moda infantil, calçados, joias e bijuterias, óticas, eletroeletrônicos, papelarias, móveis e brinquedos, apurou que o comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro deverá contratar cerca de 12 mil trabalhadores temporários para as festas de fim de ano, 2 mil a mais do que no ano passado.

Para o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, o resultado da pesquisa reflete a expectativa de vendas para o natal, que é a grande data comemorativa para o comércio, representando 30% do faturamento do ano. “Também porque precede a alta temporada do verão, que é a estação mais importante para a economia carioca, quando a cidade recebe grande número de turistas do país e do exterior, que vêm curtir as festas do fim de ano, as praias e o carnaval”. A combinação desses fatores motivou a estimativa de contratação de temporários, 2 mil a mais do que no ano passado”, reforçou Gonçalves.

Dos 300 lojistas consultados, 45% responderam a possibilidade de contratar para o período de festas do fim de ano, 35% estão indecisos, 10% não pretendem contratar e 10% pensam em pagar horas extras, se for necessário. Entre os entrevistados,10% revelaram que já contrataram, 75% devem contratar em novembro e 15% em dezembro.

Do total de vagas, 40% representam o primeiro emprego; a faixa etária predominante é de 18 a 35 anos; 60% dos contratados ocuparão vagas de vendedor, 10% serão operadores de caixa, 10% estoquistas, 7,5% supervisores, 6% auxiliares de vendas, 4,5% auxiliares de estoque e 2% montadores, entregadores e ajudantes.

A pesquisa mostra, ainda, que 40% dos empresários consultados não pretendem efetivar os temporários após o período de festas, 20% afirmaram que vão contratar e 40% disseram que a decisão depende do movimento das vendas.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Economia

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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