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Culinária da monarquia inspira 22º Festival Petrópolis Gourmet

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Começa amanhã (27) o 22º Festival Petrópolis Gourmet que tem como tema “Sabores de João – um passeio pela culinária da monarquia brasileira”. Trinta e um restaurantes participam do evento gastronômico que se estenderá até o dia 13 de novembro, inspirados na preferência de D. João VI pelo frango e pela comida trivial brasileira. O festival é realizado pelo Petrópolis Convention & Visitors Bureau.

O chef petropolitano Marco Lima é o curador dessa edição do festival. Ele tem uma carreira consolidada no exterior onde está há 10 anos, mora na Itália e foi eleito melhor chef no segmento de iates nos anos de 2018 e 2019 pela Acrew Awards. Ontem (25), em evento fechado para convidados, foi realizada a premiação dos três melhores cardápios baseados no tema do festival, além da melhor sobremesa ou doce de vitrine.

Marco Lima disse hoje (26) à Agência Brasil que a ideia dessa vigésima segunda edição do Petrópolis Gourmet é de aproveitar as celebrações dos 200 anos da Independência do Brasil. Esclareceu que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a realeza não gosta só de comidas chiques. “Dom João não gostava”, afirmou.

Por isso, foi pedido aos chefs que participam do festival que fizessem pratos que remetessem à história daquela época, “usando frango, porco, vegetais, alguns cereais, como arroz e milho, frutas, marmeladas que eles comiam muito, e que fossem vendáveis. Não adiantava fazer um festival com preços caríssimos, porque as pessoas não poderiam pagar. Essa foi a grande ideia: usar a inspiração da realeza, mas com um toque de simplicidade”, explicou.

Ousadia

Pelos cardápios que viu ontem, Marco acredita que a aceitação do público será grande. “Se eu for comparar com o que vi ontem, quando havia 200 e poucos convidados, não sobrou nada”, salientou.

Revelou que o grande campeão, “a maior ousadia que eu já provei na minha vida”, foi um arroz com chouriço português e frango. Para tirar a gordura do chouriço, o chef vencedor usou chá de carqueja, que é um digestivo, tornando o prato muito mais leve, “porque não adiantava a pessoa comer e, depois, ficar com o estômago pesado”.

Marco disse ter ficado muito feliz porque o resultado apresentado demonstrou que o chef estudou para fazer um menu baseado na história da monarquia brasileira.

Nesta edição, o objetivo foi fazer os chefs saírem da zona de conforto e pesquisarem. Segundo o curador do festival, 95% dos chefs usaram ingredientes da época e pesquisaram no Museu Imperial. A partir de amanhã, o público poderá pedir nos restaurantes o cardápio do Festival Petrópolis Gourmet.Haverá uma entrada, um prato principal e uma sobremesa.

O carro-chefe do festival é o frango, uma das preferências de D. João VI, reiterou o presidente do Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Fabiano Barros. Ele disse que a ”gastronomia é uma deliciosa ferramenta para perpetuar a história e o tema enaltece Petrópolis pelo seu papel na trajetória do país”.

Para 2023, a ideia é fazer uma votação popular para escolher os melhores menus. Marco ressaltou que esta edição foi a primeira vez em que os chefs foram premiados. Nas 21 edições anteriores, no último dia do festival, os restaurantes ganharam um prato do evento. “Mas os chefs não ganhavam nada”, contou.

Este ano, na data do encerramento do Petrópolis Gourmet, haverá a entrega dos pratos aos restaurantes, além da premiação que já ocorreu aos chefs, “porque eles são mais do que merecedores”, afirmou o curador.

Destaques

O menu especial do restaurante japonês Katsura, por exemplo, abre com um tartar de atum com abacate, com cobertura de gema de ovo caipira e ovas de peixe. “Todos produtos nacionais, valorizando nossa produção”, enfatizou Wallace Braz. O público vai se deliciar ainda com buta no kakuni (panceta de porco) cozida lentamente por três a quatro horas, acompanhada de sunomono (salada de pepino) e (gohan) arroz japonês. De sobremesa, o tradicional karumaki (rolinho primavera) com um sabor local: recheio de doce de leite com um toque de café e queijo minas padrão.

Expectativa

A diretora de Eventos do Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Márcia de Paula, disse que a expectativa em relação ao festival “é a melhor possível. É um evento que existe há 22 anos e esperamos, financeiramente, que deixe na cidade em torno de R$ 5 milhões, considerando aí movimento de bar, restaurantes, rede hoteleira e atrativos históricos”.

De acordo com informação do Petrópolis Convention & Visitors Bureau, o turismo movimenta R$ 760 milhões ao ano, no total, na cidade imperial de Petrópolis, situada na região serrana do estado do Rio.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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CPI ouve integrantes da Operação Penalidade Máxima, do MP goiano

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Jorge Kajuru e Romário querem informações sobre a operação, que investiga fraudes no futebol em Goiás

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE) vai ouvir nesta terça-feira (11), às 14h, dois integrantes do Ministério Público de Goiás (MP-GO) sobre denúncias de manipulação de resultados no futebol. Os requerimentos (REQs 11/2024 e 14/2024 – CPIMJAE) foram apresentados pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Romário (PL-RJ), respectivamente presidente e relator da CPI.

O procurador-geral do MP goiano, Cyro Terra Peres, falará como testemunha sobre as investigações de fraude em partidas de futebol no estado de Goiás, envolvendo apostadores e atletas, sobretudo quanto à Operação Penalidade Máxima. A operação do MP goiano investiga um grupo acusado de oferecer dinheiro para jogadores de futebol receberem punições em campo. Os integrantes do alegado esquema lucravam em sites de apostas esportivas.

“Como representante do Ministério Público responsável pela investigação, ele detém informações importantes que podem vir a contribuir para o esclarecimento dos fatos”, explica Kajuru.

A operação começou em novembro de 2022 com uma denúncia do presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar. O time com sede em Goiânia teria descoberto a manipulação de resultados de três jogos da Série B do Campeonato Brasileiro para favorecer apostadores. Um então jogador do Vila Nova (Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário) teria sido ameaçado depois de não cumprir um acordo que lhe daria R$ 150 mil.

Em maio de 2023, o procurador entregou vários documentos sobre a investigação à CPI das Apostas Esportivas na Câmara dos Deputados. Segundo o requerimento, ele afirmou que os presidentes dos clubes envolvidos foram vítimas e que não havia evidências da participação dos árbitros no esquema criminoso.

Kajuru entende que um novo depoimento do procurador na CPI do Senado é fundamental para obter maiores informações sobre possíveis irregularidades cometidas por jogadores.

O outro depoente, o promotor Fernando Martins Cesconetto, foi convidado a pedido do senador Romário para falar sobre os desdobramentos da Operação Penalidade Máxima.

Cesconetto é integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás e foi um dos responsáveis pela operação. As investigações detalharam o modo de operação da quadrilha e ofereceram várias denúncias criminais à justiça.

Fonte: Agência Senado

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