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Caiado apresenta ônibus articulado 100% elétrico para circular no Eixo Anhanguera

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O governador Ronaldo Caiado apresentou, nesta segunda-feira (17/01), no estacionamento do Estádio Serra Dourada, em Goiânia, um ônibus articulado 100% elétrico, modelo escolhido para substituição da frota que circula no Eixo Anhanguera. O objetivo é iniciar a modernização na linha ainda neste primeiro semestre, com o início do recebimento de novos exemplares a partir do meio deste ano. Após o evento, ele participou da primeira viagem no veículo, recepcionou passageiros e foi aplaudido pela população presente no final da linha.

Ao todo, serão mais de 100 novos ônibus para substituir a atual frota, composta por 86 unidades. O veículo, que passa a integrar um estudo de viabilidade técnica e econômica, é produzido pela montadora chinesa Build Your Dreams (BYD), com fábrica em Campinas (SP). O objetivo é promover a eletrificação da frota de transporte coletivo, com resultados diretos para redução da emissão de gases poluentes na atmosfera e para assegurar mais conforto aos usuários do sistema, além de requalificar o corredor por onde trafega.

De acordo com a fabricante, cada veículo elétrico deixa de emitir 110 toneladas de CO2 por ano. A última substituição total da frota que atende ao Eixo Anhanguera foi realizada há 10 anos.

“Hoje, o mundo clama por descarbonização. Cada ônibus desse, que substitui um ônibus a diesel, diminui 110 toneladas de CO2 emitidos por ano. Mais de 10 mil toneladas de carbono, se contarmos os 100 ônibus, deixam de ser lançadas no meio ambiente. Isso é dar a Goiânia o diferencial de que precisa, e a Goiás mais um passo inovador”, diz o governador.

Segundo Caiado, o atual governo chegou a discutir a compra de 100 ônibus novos para a Metrobus. “Aí pensei: será que é só isso que nós temos que fazer? Será que é só comprar uma frota nova? Não. É necessário ter um projeto de lei que altera, que modifica o sistema, que vai proporcionar um diferencial ímpar, de tarifas que serão cobradas de acordo com o percurso daquele passageiro”, pontua. O governador ressalta que o projeto não será apenas a compra de ônibus elétricos, mas sim a mudança do conceito de transporte coletivo em Goiânia.

“É o grande desafio que nós temos na Capital. Darmos a uma cidade linda como Goiânia um passo em que ela será, cada vez mais, reconhecida mundialmente. Nós seremos os primeiros no Brasil a implantar, a passos acelerados, o transporte com ônibus elétrico, mas também tratando das tarifas, da qualidade de nossas plataformas, da condição de melhor deslocamento de cada um que usa transporte público no Estado de Goiás”, observa Caiado.

O governador cita a importância do projeto O Futuro é Agora: Apresentação da Modernização do Eixo Anhanguera. “Não adianta você querer resolver um assunto fazendo ‘puxadinho’. Ou se muda o conceito do transporte público, ou vamos estar cada vez mais fadados a provocar um certo desencanto junto à população, mas, também, não podemos vender como algo que vai ser resolvido imediatamente”, salientou.

A iniciativa é implementada pelo Governo do Estado, por meio da Metrobus, em parceria intermediada pela Secretaria-Geral da Governadoria (SGG), com o consórcio formado pelas empresas Enel X, Marcopolo e Consórcio HP-ITA (Urbi Mobilidade Urbana).

“Uma solução para um problema que perdura há décadas. Estamos indo muito além de substituir os ônibus”, diz o secretário-chefe geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima.

Segundo explica, o projeto de lei enviado para a Assembleia Legislativa pelo Governo de Goiás, sancionado no final do ano, permite a criação de duas tarifas. Uma será a do usuário, que hoje é no valor de R$ 4,30, e a outra, de remuneração, aquela exigida pelo contrato de concessão, para que mantenha o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.

“Antes dessa lei, não existia essa diferenciação de tarifa; então, aquilo que deveria ser necessário para equilibrar o contrato, tinha que ser repassado integralmente ao usuário do sistema, sobrecarregando a população que já está enfrentando dificuldades, obviamente, em função da pandemia”, pondera Rocha Lima.

A partir da nova lei, o governo passa a assumir parte da fatia que seria do usuário, o subsídio, para que o valor da tarifa não suba além dos atuais R$ 4,30. Além desses benefícios, a lei permite também a flexibilização dos preços, em que em distâncias, por exemplo, mais curtas, poderão ser cobrados valores menores.

O presidente da Enel Goiás, José Nunes, observou que, para se chegar aos resultados, é preciso integrar. “Isso temos feito. Nenhuma das cidades que temos o projeto ficou com o primeiro dimensionamento de número de veículos, por exemplo. Tenho certeza de que o senhor, governador, está dando novo passo para o transporte coletivo em Goiânia e em todo o Estado”, disse. Diretor de negócios com o Governo de Goiás, também da Enel, Carlos Eduardo, explicou que a empresa administra atualmente mais de 1,8 mil veículos em todo o mundo, sendo 1,3 mil elétricos. O primeiro do modelo 22 metros será experimentado em Goiânia. “Nos próximos meses vamos refinar e tirar todas as dúvidas, e fazer o melhor estudo que venha a atender a melhoria da qualidade do serviço para o cidadão”, ressaltou.

O presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) Tarcísio Abreu, representante do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, destaca os avanços que serão possibilitados com a nova legislação para o transporte público. “Vivemos um momento único e temos a oportunidade de transformar o transporte, que nunca teve esse empenho dos entes federativos”, afirma.

Primeira viagem

Caiado esteve presente na primeira viagem do veículo com passageiros, passando por pontos importantes da capital. O governador recepcionou as pessoas que entravam no ônibus no Terminal da Praça da Bíblia e seguiu percurso pelos terminais Praça A, Dergo até o Terminal Padre Pelágio, onde Caiado foi bastante aplaudido pela população presente no local. “Esse ônibus elétrico vai modificar o conceito de transporte no âmbito do estado de Goiás, como também da nossa região metropolitana”, diz.

Modelo não poluente

O veículo elétrico apresentado é do modelo D9W carroceria Marcopolo. A promessa é de autonomia para percorrer 250 quilômetros, com até cinco horas para recarga da bateria feita de fosfato de ferro, considerada a mais limpa e segura, já que é reciclável e à prova de fogo. O dispositivo de carregamento do ônibus, com tecnologia Enel-X, já foi instalado na garagem da Metrobus. O modelo possui ar-condicionado ionizado, carregadores de celular, Wi-Fi e foi desenvolvido com suspensão pneumática em todos os eixos, o que proporciona mais conforto para os usuários.

O ônibus é um articulado de 22 metros de comprimento com capacidade para transportar 170 passageiros, sendo 59 sentados, com espaço reservado para cadeirantes. O consumo energético, segundo a empresa fabricante, é equivalente a 1,2 KWh/Km, com menor custo operacional e de manutenção que um veículo convencional. Os motores elétricos ficam embutidos nas rodas do eixo traseiro, são silenciosos e não emitem poluentes.

O modelo apresentado, em Goiânia, tem vários recursos, como seis câmeras de alta definição, duas delas com infravermelho, em substituição aos retrovisores externos e internos. As câmeras permitem que o motorista veja pontos cegos e tenha facilidade de manobra, aumentando a segurança e garantindo mais conforto na viagem.

A coluna de direção é regulável, o que permite maior conforto de acordo com as características de cada motorista, mais adequado aos parâmetros de ergonomia. Já as portas seguem rigorosos padrões de segurança e são equipadas com sensores, o que evita que se fechem quando é identificado qualquer movimento próximo, o que deve diminuir riscos de acidentes no embarque e desembarque.  

“O avanço com esse ônibus é algo impressionante. É outro mundo. Nesse calor de Goiânia, os usuários terão ar-condicionado ionizado nos ônibus. Você saber que o ar que está respirando ali, sem poluição alguma, é mais puro até que o ar de fora dele”, diz o governador sobre os modelos.

Viabilidade técnica

Durante os próximos dias, serão analisados os indicadores operacionais de manutenção desse tipo de veículo e como funciona o sistema eletrônico dentro das características do trajeto na linha do Eixo Anhanguera e das suas extensões. No período de avaliação, também serão verificados autonomia, tempo de carregamento, custo da operação e realizados treinamentos. Em um primeiro momento, o ônibus articulado não será utilizado por passageiros. O estudo de viabilidade técnica ocorre em parceria entre Enel X, Marcopolo e Consórcio HP-ITA (Urbi Mobilidade Urbana), com os consultores Tauil Chequer e Radar PPP.

O foco é comparar o ônibus elétrico com o veículo tradicional, movido a óleo diesel, para uma percepção mais clara sobre os benefícios econômicos e de sustentabilidade ambiental. Com a aprovação, a previsão é de que toda a frota da Metrobus seja substituída pelos veículos elétricos, com a chegada das primeiras unidades previstas para o meio deste ano, o que vai garantir a circulação de ônibus que usem energia limpa e renovável, um importante passo para a redução de poluentes.

O andamento para a substituição é viabilizado por meio de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que é uma prática internacionalmente recomendada para se promover mais transparência e competitividade no processo de seleção, modelagem, licitação e contratação de projetos de infraestrutura.

No Brasil, o PMI está previsto na lei 8.987/1995, com regulamentação pelo Decreto 5.977/2006, que orienta sobre o procedimento destinado à apresentação de projetos, estudos, levantamentos ou investigações a serem utilizados em modelagens de parcerias público-privadas.

Segundo o secretário Adriano Rocha Lima, o estudo de viabilidade e parceria foi iniciado em meados do ano passado, quando foram reunidos representantes de todos os municípios que compõem a Região Metropolitana de Goiânia e das empresas. “Identificamos que o sistema precisaria de uma reforma mais estrutural, mais ampla. Fizemos um estudo detalhado de quais seriam as soluções possíveis para enfrentar essa reforma do transporte”, informa.

O deputado estadual Bruno Peixoto se referiu ao modelo apresentado pelo governador Ronaldo Caiado como “o primeiro ônibus de muitos”. “Nunca houve isso. Desde 2.000, acompanho todos falarem em resolver esse problema, e esta é a primeira vez que vejo um ônibus desse chegar ao Estado”, destaca. Deputado federal, Adriano do Baldy falou dos investimentos feitos pelo atual governo em benefício dos cidadãos. “O governador economiza cada centavo do dinheiro público pensando no cidadão”. Também deputado federal, José Nelto atentou para a sustentabilidade. “Um ônibus do transporte coletivo, deixando de jogar gás carbônico no planeta, aqui na nossa Capital”, aponta.

Participaram também do evento o deputado federal Zacharias Calil; os estaduais Pastor Jeferson, Cairo Salim, Júlio Pina e Talles Barreto; o presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Carlão da Fox; representante da Federação Goiana dos Municípios (FGM), Kelton Pinheiro; os secretários de Estado, Tony Carlo (Comunicação), Coronel Alencar (Casa Militar), Henderson de Paula (Esporte e Lazer); chefe de gabinete de Gestão da Governadoria, Luiz Rates; assessor especial da Governadoria, Lyvio Luciano; diretor de Relações Institucionais da Urbi Mobilidade Urbana, Sebastião Augusto Barbosa Neto; presidentes da Metrobus, Francisco Antônio Caldas, da Goiás Parcerias, Diego Soares, e da Associação Comercial e Empresarial de Goiânia, José Torres; o superintendente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), Edwal Portilho “Chequinho”; diretor de Estratégia e Transformação da Marcopolo, João Paulo Ledur; prefeitos de Aruanã, Hermano de Carvalho, e de Nerópolis, Gil Tavares; e o representante da Polícia Militar de Goiás, Coronel Daniel.

Fonte: Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

Fonte: Governo GO

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Mais de 20 mil profissionais ligados ao Governo Federal atuam diretamente no auxílio ao Rio Grande do Sul

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Confira a atualização deste domingo (12/5) das ações voltadas para o estado e os 447 municípios afetados por efeitos das chuvas

A retomada das chuvas fortes e a queda da temperatura se tornaram ingredientes adicionais ao desafio ao trabalho de salvamento, à retomada de serviços e ao início da reconstrução do Rio Grande do Sul. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres está operando em alerta máximo. Em algumas cidades, como Canoas, a ordem por motivos de segurança foi para evacuar casas e habitações em alguns dos bairros.

BALANÇO – Segundo a atualização das 19h deste domingo da Defesa Civil, 447 municípios estão afetados pelos efeitos das chuvas. São 81,2 mil pessoas em abrigos, 538 mil pessoas desalojadas e 2,1 milhões de pessoas afetadas. O número de mortes chegou a 143, com 125 registros de desaparecidos. O trabalho integrado das Forças de Segurança federal, estadual, municipal e de voluntários resultou em 76,3 mil salvamentos de pessoas e 10,5 mil animais.

Sabemos que as mulheres e as meninas sofrem desproporcionalmente as violências e violações em períodos de crise climática” Cida Gonçalves, ministra das Mulheres

Atualmente, mais de 20 mil profissionais ligados ao Governo Federal estão presencialmente no estado, em dezenas de frentes. Além do salvamento de pessoas e animais, os profissionais atuam no restabelecimento de energia e de telecomunicações, na recuperação de estradas e estruturas, no acolhimento e a estruturação de abrigos para desalojados, no atendimento em saúde e na garantia da segurança de instalações.

A logística para os atendimentos diretos conta com mais de cinco mil equipamentos, entre viaturas, embarcações, equipamentos de engenharia, hospitais de campanha, caminhões, tratores, escavadeiras, aeronaves, helicópteros, geradores e navios. Uma ação que envolve Forças Armadas, servidores conectados ao Ministério da Justiça (Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Força Nacional) e Defesa Civil, entre outros.

PROTOCOLO – Neste domingo, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, esteve no estado com uma comitiva para dialogar com autoridades e movimentos sociais a urgência de um protocolo de emergência para crises climáticas que tenha atenção especial às necessidades de mulheres. “Sabemos que as mulheres e as meninas sofrem desproporcionalmente as violências e violações em períodos de crise climática”, reforçou Cida Gonçalves em reunião com o governador Eduardo Leite, em Porto Alegre, numa referência especial àquelas que estão vivendo em abrigos nesse momento.

O protocolo de emergência também foi pauta na reunião da ministra das Mulheres com cerca de 20 representantes de órgãos públicos e de movimentos sociais em Porto Alegre. Na ocasião, houve um diálogo sobre as propostas para o texto, que deverá trazer diretrizes e linhas de atuação que incluam, para além da garantia da segurança, aspectos como a recomposição da renda e da autonomia econômica das mulheres no processo de reconstrução do estado.

A ministra Cida Gonçalves (Mulheres) teve reunião com o governador Eduardo Leite neste domingo para articular atendimento especial às meninas e mulheres em abrigos. Foto: Min. Mulheres

CONFIRA OUTRAS ATUALIZAÇÕES DESTE DOMINGO DO TRABALHO DO GOVERNO FEDERAL

LIGUE 180 – Desde sábado, 11/5, o Ligue 180 está com um fluxo específico para receber denúncias de violência contra mulheres no Rio Grande do Sul, que serão encaminhadas ao Centro de Combate à Violência Doméstica do Ministério Público do estado. O serviço também fornece informações sobre abrigos exclusivos para mulheres e crianças – criados após relatos de abusos feitos ao Ministério das Mulheres na última terça-feira (7). As informações serão atualizadas de forma permanente com a equipe de atendimento. Na ligação pelo telefone, a opção para falar sobre o Rio Grande do Sul é a tecla 7.

CRÉDITO DE R$ 12 BILHÕES – Medida Provisória publicada em 11 de maio abriu crédito extraordinário de R$ 12,1 bilhões para que diversos órgãos federais mantenham as ações necessárias no atendimento aos municípios. Estão contempladas reposição de medicamentos perdidos nas enchentes, garantia de atendimento nos postos de saúde e hospitais, reconstrução de infraestrutura rodoviária, ações de Defesa Civil e atendimentos emergenciais executados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.

EDUCAÇÃO – Um dos desdobramentos da MP com 12 bilhões em crédito é na educação. O MEC vai repassar R$ 72 milhões em crédito extraordinário para alimentação, limpeza e reforma das escolas afetadas pelas enchentes, sendo informou o ministro Camilo Santana.

SAÚDE – Na saúde, o desdobramento é a liberação de mais R$ 861 milhões para apoio e assistência. O recurso servirá para reposição de medicamentos perdidos nas enchentes, garantia do atendimento nos postos de saúde e hospitais e para as atividades de saúde digital.

VACINAS E INSULINA – Além dos kits emergência enviados pelo Ministério da Saúde, uma série de insumos e medicamentos de rotina e uso contínuo estão sendo repostos de forma imediata, como vacinas e insulina. Somente na semana passada, o estado recebeu 30 mil frascos de insulina, 287 mil canetas e 1,8 milhão de agulhas de aplicação. Nesta segunda (13), está prevista a chegada a Porto Alegre de mais 43 mil frascos, 330 mil canetas e 1 milhão de agulhas.

HOSPITAIS – O Ministério da Saúde terá mais três hospitais de campanha no Rio Grande do Sul, que se somam aos outros dois já instalados. Dois serão montados em Porto Alegre e uma unidade será destinada ao município de São Leopoldo (RS), a 40 quilômetros da capital gaúcha. Os insumos e suprimentos para as unidades, como medicamentos, serão disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias Estadual e Municipais de Saúde.

 

Profissionais da Saúde no acolhimento a desabrigados. Foto: Min. Saúde / Divulgação

ASSISTÊNCIA – O Governo Federal realizou, neste domingo, missões de atendimento em saúde com três equipes volantes em municípios do Rio Grande do Sul. As cidades foram escolhidas de acordo com a gravidade da emergência provocada pelas enchentes dos últimos dias. Cada equipe possui quatro profissionais: aeromédicos, médicos e enfermeiros volantes. O trabalho foi concentrado em abrigos que estão acolhendo as pessoas que perderam a moradia. Os profissionais se deslocaram por terra e ar. Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Maria, São Sebastião do Caí, Guaíba, Charqueadas e São Jerônimo receberam as equipes para atendimentos médicos, psicossociais, entre outros.

COMBUSTÍVEIS – Uma ação coordenada entre a ANP e o Procon avalia os preços de gás de cozinha no estado para evitar especulação. A força-tarefa conseguiu garantir 100% do atendimento de gás natural para indústrias, hospitais e grandes comércios atendidos pela Sulgas. Com a abertura de rotas assistenciais, há um melhor escoamento de produtos, em especial o GLP e o oléo combusível a partir da REFAP. Seguem mantidas as flexibilizações temporárias da mistura de biodiesel ao óleo diesel e do etanol à gasolina para os municípios de Canoas, Esteio, Rio Grande e Santa Maria.

SAQUE CALAMIDADE – Os trabalhadores de mais 12 municípios do Rio Grande do Sul já podem solicitar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00 por conta vinculada, limitado ao saldo da conta. A liberação pode ser solicitada à CAIXA por meio do Aplicativo FGTS. Os novos municípios incluídos são: Bom Retiro do Sul, Esteio, Guaíba, Jaguari, Nova Palma, Nova Santa Rita, Portão, Rolante, São Sebastião do Caí, Sobradinho, Taquara e Triunfo. O Saque-Calamidade pode ser realizado pelos trabalhadores residentes nas áreas afetadas indicadas pela Defesa Civil dos municípios reconhecidos pelo Governo Federal. Na sexta, outras dez cidades, incluindo a capital Porto Alegre, já haviam entrado na lista (https://caixanoticias.caixa.gov.br/noticia/39655/caixa-disponibiliza-saque-calamidade-para-dez-municipios-do-rio-grande-do-sul). Com o reconhecimento do estado de calamidade pública ou situação de emergência, o município apresenta à CAIXA a lista com os endereços das áreas afetadas pelo desastre, para habilitação ao saque pelos trabalhadores que tiveram suas moradias atingidas.

FORÇAS ARMADAS – O trabalho realizado pelos militares de Exército, Marinha e Aeronáutica já resultou no resgate de 66 mil pessoas e de oito mil animais domésticos. Neste domingo, o destaque foi o uso de uma aeronave para transportar 300 quilos de mantimentos de Lajeado para Muçum, e o uso de outra aeronave para levar equipes de psicólogas para fazer um atendimento voltado para a saúde mental na cidade de Encantado. Outros destaques foram uma evacuação aeromédica de um idoso com câncer de Arroio do Meio para Lajeado, o transporte de material para atender famílias em áreas isoladas no município de Coqueiro e o transporte logístico na cidade de Guaíba.

COMUNICAÇÕES – A Telebras enviou mais 14 maletas com antenas de internet via satélite. Outras oito chegarão ao Rio Grande do Sul nos próximos dias. A estatal também pretende instalar 390 antenas de pontos fixos de internet via satélite, em locais onde há energia elétrica.

ENERGIA – Neste domingo, mais 31 mil clientes tiveram a energia restabelecida no estado. As equipes do Ministério de Minas e Energia e das distribuidoras retomaram a eletricidade de Colinas, município com 2,4 mil habitantes. Capitão, município próximo a Lajeado, também recebeu trabalhos para manutenção e restabelecimento da energia elétrica neste domingo. Ao todo, são quatro mil profissionais das equipes do ministério e das distribuidoras de energia atuando no estado. Ao todo, 269 mil clientes continuam sem energia, a ampla maioria por questões de segurança (em muitos pontos, a rede elétrica está submersa e/ou na área de atuação das forças de salvamento).

 

Quatro mil profissionais atuam diretamente no restabelecimento de energia no estado. Foto/ MME / Divulgação

COFINANCIAMENTO PARA DESABRIGADOS – É um recurso direto para a assistência social de estados e municípios em situação de calamidade. O Governo Federal repassa R$ 20 mil a cada grupo de 50 pessoas desabrigadas e acolhidas pelo poder público. Para ter acesso, o gestor da assistência social deve solicitar o cofinanciamento pelo e-mail: [email protected]. Os recursos podem ser usados para comprar alimentos, água, colchões, roupa de cama, cobertores, roupas, produtos de higiene e limpeza e para estruturar o acolhimento (lonas, tendas, madeirite). O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome tem sete técnicos in loco para ajudar os municípios a solicitar o serviço. Até agora, 49 municípios receberam recursos. Confira o Modelo do requerimento simplificado

MALHA AÉREA – A população gaúcha passou a contar com até 116 voos semanais a partir de uma malha emergencial criada em articulação com o Governo Federal. São 88 no Rio Grande do Sul e 28 em Santa Catarina. Os voos serão operados em oito aeroportos, além da base aérea de Canoas, que foi aberta para receber voos comerciais. Dos 12 aeroportos existentes do Rio Grande do Sul, seis terminais farão parte do plano. Serão 53 voos semanais operados em Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana. Além disso, os aeroportos de Florianópolis/SC, Chapecó/SC e Jaguaruna/SC também farão parte do plano para apoio à população.

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