Economia

Estiagem causa prejuízos à agricultura e ameaça o abastecimento

Publicado

em


Enquanto a população de parte do Brasil sofre com as chuvas e suas consequências, como o transbordo de rios e inundações, mais de 700 municípios da Região Sul do país se veem às voltas com uma onda de calor severa.

Embora chuvas isoladas tenham sido registradas desde ontem (12), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu esta manhã um alerta no qual informa que 727 cidades do Rio Grande do Sul e parte do Paraná e de Santa Catarina estão passíveis de registrar, até o próximo dia 16, temperaturas 5°C acima da média histórica desta época do ano.

O alerta laranja emitido pelo instituto vale para praticamente todo o Rio Grande do Sul, para as regiões oeste e sul de Santa Catarina e para as regiões oeste, sudeste, sudoeste, centro-ocidental e centro-sul do Paraná. 

Os efeitos da estiagem na Região Sul vêm se agravando desde o fim do ano passado, causando prejuízos econômicos e ameaçando o abastecimento hídrico. No Rio Grande do Sul, 200 cidades já tinham decretado situação de emergência até esta quarta-feira (12). Levantamento feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS) aponta que, até sexta-feira (7), mais de 195 mil propriedades rurais já contabilizavam perdas na produção. 

Uma das regiões gaúchas mais castigadas pela falta de chuvas é a do Alto da Serra do Botucaraí, onde, desde meados de novembro, o volume de chuvas é insuficiente para recuperar a condição dos rios e do sistema freático, o que prejudicou o plantio de soja e milho.

“A soja teve que ser replantada e ainda ficou uns 30% a 35% por semear. Então, nesses 16 municípios [do Alto da Serra do Botucaraí], só na soja se chega a algo em torno de R$ 750 milhões de perdas. Somadas às perdas do milho e leite, [o prejuízo, na região] chega a R$ 850 milhões”, informou, em nota, o extensionista rural agropecuário da Emater-RS em Soledade Josemar Parise.

Em Santa Catarina, além de irregulares, as chuvas do fim do ano passado ficaram abaixo do esperado durante o mês de dezembro, deixando ao menos 17 dos 295 municípios em estado de alerta e outros nove em estado crítico no que diz respeito às condições para garantir o abastecimento hídrico urbano, principalmente nas regiões oeste e extremo oeste do estado.

“Neste momento é importante que a população das regiões onde a estiagem se intensificou usem a água com consciência e evitem o desperdício. Além disso, é acompanhar as orientações e alertas dos órgãos competentes”, alertou, em nota, o secretário-executivo de Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira.

No Paraná, no último dia 30, o governo estadual decretou situação de emergência em função da estiagem. O objetivo da medida é agilizar a execução de medidas de apoio aos agricultores e a outros setores afetados pela falta de chuvas. 

Hoje (13), a secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento divulgou um relatório no qual aponta que a situação já causou ao menos R$ 25,6 bilhões de prejuízos para os produtores rurais. O levantamento foi entregue à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, que, desde ontem, está visitando áreas rurais atingidas pela crise hídrica nos três estados da Região Sul, além do Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste.

Em Cascavel (PR), a ministra explicou que, de posse de um diagnóstico da situação das lavouras nos quatro estados visitados, os técnicos do Mapa e do Ministério da Economia elaborarão um plano de ajuda aos produtores. O foco, neste primeiro momento, é garantir que os agricultores atingidos pela seca tenham condições de plantar.

“Nossa preocupação é agilidade nessas ações, para que a gente possa plantar com segurança. Para que o agricultor possa saber o que vai acontecer na segunda safra, que é a safrinha, que é muito importante, pois é quando se tem a maior parte do plantio de milho nesses estados”, destacou Teresa Cristina.

Edição: Fernando Fraga

Comentários do Facebook

Economia

Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

Publicados

em

Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA