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CNI diz que economia deve crescer 1,2% em 2022

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta  crescimento de 1,2% para a economia brasileira em 2022, a partir da “superação parcial de problemas conjunturais, como inflação, emprego e normalização das cadeias globais de valor a partir do segundo semestre do ano”. A previsão está no documento Economia Brasileira: 2021-2022, divulgado hoje (15), em Brasília.

Para a entidade, a atividade econômica também deve se beneficiar da normalização da demanda por serviços prestados às famílias, o que ainda está abaixo do nível pré-pandemia, e também alguns setores industriais demandados ainda em 2021, principalmente aqueles ligados a investimentos, como a cadeia da construção civil e de bens de capital.

Já em um cenário mais pessimista, a previsão é de expansão do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) em 0,3% em 2022. No cenário otimista, o Brasil crescerá 1,8%.

Para 2021, a CNI calculou alta de 4,7% na atividade econômica. “A estimativa é menor do que o esperado no início do ano, devido às constantes quedas na indústria ocorridas no segundo semestre”, explicou, em comunicado.

Segundo a confederação, a expansão do PIB neste ano reverte a queda de 4,1% em 2020, mas o resultado não significa que os problemas acentuados pela crise e os desafios estruturais do país tenham sido superados. “Há perda de ritmo da atividade econômica e as perspectivas para o próximo ano não são muito animadoras”, explicou.

Entre os fatores conjunturais desfavoráveis, a CNI destaca a inflação elevada, com consequentes altas nas taxas de juros, o alto endividamento das famílias, o desemprego, a escassez de insumos e matérias-primas e os custos de energia em elevação. Além disso, para a entidade, ainda há incertezas sobre o andamento da pandemia e o temor de algum retrocesso, como ocorre atualmente na Europa.

Indústria de transformação

A CNI estimou um crescimento de 5,2% da indústria de transformação em 2021. Ao longo deste ano, o PIB desse setor assumiu trajetória em razão da escassez e alta do preço de insumos e de matérias-primas. Para o ano que vem, a expectativa é de um aumento gradual do emprego que, com a desaceleração da inflação e o Auxílio Brasil, deve minimizar o processo de perda de poder de compra por parte das famílias.

Além disso, a partir da segunda metade de 2022, a previsão é de regularização nas cadeias de suprimentos. Para a CNI, a desvalorização do real também será benéfica para a indústria brasileira, com incentivos às exportações e à substituição de importações no mercado doméstico. A entidade estimou que a taxa de câmbio terminará 2022 em R$ 5,60, o mesmo patamar do fim de 2021. Em um cenário base, a indústria de transformação deve crescer 0,5% em 2022.

A previsão da CNI é de saldo comercial positivo em 2021, de US$ 58,9 bilhões, alta de 16,9% em relação à 2020. Segundo ela, as exportações são puxadas majoritariamente pelos preços, sobretudo de commodities, enquanto as importações mostram crescimento generalizado em volume.

As estimativas para exportações e importações são, respectivamente, de US$ 278,4 bilhões (alta de 33,1% em relação a 2021) e US$ 219,5 bilhões (alta de 38,2%).

“Para 2022, a normalização do fornecimento de insumos e matérias-primas e a taxa de câmbio real, ainda bastante desvalorizada, darão fôlego às exportações brasileiras e estimularão um processo de substituição de importações. A CNI projeta que as exportações alcancem US$ 280 bilhões ano que vem, patamar um pouco superior ao de 2021”, informou a confederação.

Inflação e emprego

Na avaliação da CNI, a continuidade do aumento da taxa básica de juros, o desemprego ainda elevado, as despesas primárias do governo federal em queda real, a atividade econômica moderada e estabilidade nos preços dos combustíveis devem fazer com que a inflação desacelere. Para 2022, a instituição espera uma inflação de 5%, próximo do teto da meta de inflação. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

“Esse cenário considera que não devem ocorrer novas alterações nas regras fiscais, que poderiam elevar a inflação, por meio da depreciação do real”, explicou a Confederação Nacional da Indústria.

Neste ano, ela estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve desacelerar, moderadamente, em dezembro e fechar 2021 em 10,3%. Em novembro, o IPCA foi de 0,95%, abaixo do observado em outubro de 2021, de 1,25%. A inflação acumulada no ano é de 9,26% e de 10,74% em 12 meses.

Massa de renda real

Para a CNI, o número de pessoas ocupadas continuará crescendo e massa de renda real deve começar a se recuperar a partir do segundo semestre do ano que vem, em resposta à queda da inflação. “Para 2022, espera-se continuidade na recuperação do consumo e do emprego nos serviços prestados às famílias, como transporte, alojamento e alimentação, associado ao aumento da circulação de pessoas”, projetou a entidade.

A expectativa é de que, na segunda metade de 2022, quando a recuperação de serviços estiver próxima do nível de pré-pandemia, a atividade industrial esteja mais aquecida.

“No entanto, há um contingente populacional relevante que deve voltar a integrar a força de trabalho nos próximos trimestres. Assim, mesmo com a continuidade do crescimento da população ocupada, o retorno dessas pessoas ao mercado de trabalho manterá a taxa de desemprego pressionada para cima ao longo de 2022”, explicou a confederação, projetando que a taxa de desocupação média deverá ser ligeiramente inferior à de 2021, ficando em 13%.

O documento Economia Brasileira: 2021-2022 está disponível na página da CNI.

*Com informações da CNI

Edição: Kleber Sampaio

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Dia das Mães: pesquisa do Procon Goiás aponta variação superior a 220% nos preços dos presentes

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Oscilação foi encontrada no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Levantamento foi feito com 156 itens em 54 estabelecimentos da capital

O Dia das Mães é comemorado no próximo domingo (12/05) e para ajudar o consumidor a fazer a melhor escolha do presente, o Procon Goiás realizou pesquisa de preços em 54 estabelecimentos de Goiânia entre os dias 25 de abril e 2 de maio. Foram levantados preços de 156 produtos, como cestas de café da manhã, flores, maquiagens, perfumes e eletrônicos. A pesquisa completa feita pelo Procon Goiás, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A principal variação apontada pela pesquisa foi de 221,28% no vaso da flor azaléia, vendido de R$ 24,90 a R$ 80. Outro produto com variação considerável (206,90%) é o pó compacto da marca Bruna Tavares, vendido de R$ 27,99 a R$ 85,90.

Os pesquisadores do Procon Goiás encontraram ainda uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos entre R$ 80 e R$ 184, variação de cerca de 130%. O levantamento também levou em conta produtos eletrônicos, sendo que a maior diferença nesses itens foi superior a 135% e ocorreu no depilador Philips 2 velocidades, comercializado de R$ 199 a R$ 469.

A pesquisa também levou em conta variações dos produtos em relação ao ano passado. Teve produto com aumento superior a 95%. É o exemplo da paleta de sombras da marca Mariana Saad, vendida ano passado por R$ 80,97 e esse ano por R$ 157,95. Em relação a 2023, a cesta de café da manhã com 50 itens teve aumento de 52,80%. O produto era vendido ano passado a R$ 219,90 e esse ano a R$ 336.

Essa data é considerada a principal no calendário do comércio no primeiro semestre. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), o Dia das Mães deve levar 94% dos consumidores às compras na capital. Dados da entidade apontam que, este ano, o ticket médio para compra do presente será de R$ 155, com cerca de dois produtos por cada consumidor.

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Procon Goiás divulga pesquisa de preços de produtos para presentes do Dia das Mães

Orientações
Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. O consumidor precisa se atentar ao fato de que os produtos têm de estar expostos com os preços de maneira clara e visível. O produto deve mostrar 2 preços: o total à vista e o valor das parcelas (no caso de parcelamento do pagamento).

Toda loja tem sua política de troca e o estabelecimento só é obrigado a efetuar a troca do produto se ele apresentar algum defeito. O Código de Defesa do Consumidor prevê dois prazos para reclamação: 30 dias para os produtos e serviços não duráveis e 90 dias para produtos e serviços duráveis.

Quanto às compras de aparelhos eletrônicos, o consumidor deve testar o funcionamento do aparelho ainda dentro do estabelecimento, verificar da existência de manual de instruções em nosso idioma e a relação da rede autorizada de assistência técnica do produto.

No caso de compras realizadas fora da loja física, o consumidor deve exigir o comprovante da data de entrega. Nesse caso, o prazo de desistência da compra é de 7 dias a partir do recebimento do produto. Exija sempre a nota fiscal na aquisição de qualquer produto, pois ela é importante caso o consumidor precise fazer valer os seus direitos e formalizar uma reclamação.

Fotos: Procon Goiás / Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor – Governo de Goiás

 

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