Nacional

Com avanço da vacinação, casais voltam a sonhar com festa de casamento

Publicado

em


O casal de zootecnistas Silvia e Douglas adiou três vezes a festa de casamento durante a pandemia. Nesse período, Silvia ficou grávida da Clara, que nasceu em novembro de 2020. Mesmo com os adiamentos e as incertezas, o casal não deixou de realizar o sonho de subir ao altar e dizer o tão esperado “sim”.

O casamento finalmente ocorreu no dia 23 de outubro, em Sinop (MT), onde o casal se conheceu na faculdade. O planejamento para a festa de casamento, iniciado em junho de 2019, começou depois de quase 10 anos de namoro.

“Nós assinamos o primeiro contrato, com a cerimonialista, em junho de 2019. Mas até então era só planejamento. Em julho começamos a contratar os outros fornecedores. O casamento estava marcado para o dia 13 de junho de 2020. No entanto, quando a pandemia explodiu, em março, a gente não havia remarcado”, conta Silvia Ramos Emerick.  

O casal manteve a data, até ver que a pandemia não era passageira. “Em maio, nós vimos que realmente era inviável fazer o casamento, tanto por segurança própria, quanto segurança dos nossos convidados, porque viriam aproximadamente 150 convidados da região do Espírito Santo, que é da família do Douglas, e de Minas Gerais e Goiás, da minha família e ainda nossos amigos aqui de Sinop. Estava bem crítica a situação aqui, então nós optamos por adiar o casamento pela primeira vez para setembro”, completa Silvia.

Mas setembro chegou e a pandemia estava longe de acabar. “Adiamos para setembro porque não imaginávamos que a pandemia duraria tanto tempo. Nós não tínhamos noção da gravidade no início da pandemia, quando o estado e a cidade resolveram fazer o fechamento junto ao Brasil inteiro, praticamente. Nós ficamos com muito medo e remarcamos pela segunda vez o casamento, de setembro de 2020 para abril de 2021”, relata Silvia.

Antes de remarcar para 2021, Silvia descobriu que estava grávida. “Em abril de 2020 a gente descobriu que eu estava grávida. Então tudo isso foi um motivo a mais para redobrar o cuidado com relação à pandemia, à nossa saúde, da nossa filha e dos nossos familiares em geral”.

O tão sonhado casamento finalmente ocorreu no mês passado. “Graças a Deus em 2021 as coisas começaram a melhorar. Em julho de 2021 cerca de 80% dos convidados já estavam vacinados com a segunda dose da vacina, então isso acabou gerando uma segurança muito maior. Também tinha álcool em gel disponível e as mesas foram separadas por grupos de convivência. Como o casamento foi realizado em uma chácara, o ambiente era aberto”, conta a recém-casada.  

Festas de casamento Festas de casamento

O casamento de Silvia e Douglas foi adiado por três vezes e finalmente ocorreu em outubro deste ano – Silvia Ramos Emerick/Arquivo pessoal

Aumento nos gastos

Mesmo com as remarcações da data, Silvia conta que não houve muita variação nos gastos. O preço final variou um pouco especialmente por causa da mudança do local da festa. “Com relação a multas e ressarcimentos, não tive um gasto muito elevado, a gente não pagou multa. O cenário da pandemia fez a gente reduzir para 100 pessoas [antes eram 150] porque as coisas tiveram reajuste, como a comida. Mas, conforme as pessoas foram tomando a segunda dose da vacina, aumentamos para 150 convidados de novo. A gente pagou uma diferença de buffet e de local, pois mudamos a data para outubro, e em Sinop chove muito nesse período. Então o que pagamos fora do contratado foi por causa das mudanças climáticas e por aumentar os convidados”.

Já o casal Ana Karollyne e William (imagem de destaque), moradores de São Bernardo do Campo (SP) marcou a cerimônia de casamento para julho de 2021. Mesmo com a pandemia ainda em curso, eles não adiaram o evento, que começou a ser planejado em 2019, depois de quatro anos de relacionamento.

“Passamos por um período de dúvidas mesmo, porque a gente não sabia se seria possível realizar [a festa]. [Era] tudo muito novo e ninguém entendia direito o que estava acontecendo. Resolvemos não adiar, pois sempre confiamos em Deus para que esse momento tão sonhado por nós se realizasse como desejávamos. Quando nos casamos, já tinha uma grande parte dos nossos convidados vacinados com pelo menos uma dose da vacina”, conta a analista de materiais Ana Karollyne Fernandes.

Medidas de segurança

Festas de casamento Festas de casamento

Cerimônia religiosa do casal Ana Karollyne e Willian – Ana Karollyne Fernandes/Arquivo Pessoal

A cerimônia religiosa foi em uma igreja católica, seguindo as medidas e protocolo de segurança. “No máximo 200 pessoas na igreja, sentando duas pessoas por banco (uma em cada ponta) e intercalando os bancos, um banco com duas pessoas, um banco com uma pessoa, para seguir o distanciamento. Os padrinhos foram autorizados a sentar juntos. Houve aferição de temperatura na entrada e utilização de álcool em gel. Todos tiveram que utilizar máscara de proteção, em todos os momentos, com exceção dos noivos”, detalhou Ana Karollyne.

Para a realização da festa, o casal adotou diversas medidas. “A primeira foi o horário, nos casamos de manhã, pois a minha cidade estava com ‘toque de recolher’ [em vigor]. A cerimônia foi às 11h, depois teve a festa e terminou às 19h30. A princípio nos casaríamos à noite, iniciando as 20h”, contou a recém-casada.

Assim como para a cerimônia religiosa, a festa também contou com protocolos de segurança e higiene: “organizamos todas as mesas com, no máximo, oito cadeiras (a capacidade antes da pandemia era de 12 cadeiras), todas com integrantes da mesma família ou pessoas de convívio diário. Colocamos álcool em gel em todas as mesas e nos banheiros. Não teve pista de dança. O uso de máscara foi obrigatório e o almoço servido no prato pronto, para evitar filas e aglomerações para servir”.

De acordo com Ana Karolinna, nenhum convidado adoeceu, após o evento. “Os convidados respeitaram e super elogiaram as medidas de segurança. Não tivemos nenhum caso relatado de contaminação após o casamento, graças a Deus”.

Para o casal, não houve alteração de valores. “Já seria em julho de 2021. Desde o início nos planejamos para que fosse na data em que aconteceu. Em questão de valores não tivemos alteração, pois todos os contratos foram fechados em 2019, 2020”.

Orçamento mais caro

Para quem não fechou contrato antes da pandemia, no entanto, casar em 2021 ficou mais caro. Conforme apurou a reportagem da Agência Brasil em um buffet da Zona Leste de São Paulo, uma festa para 50 pessoas em 2020, com a opção de cardápio mais barata e locação do espaço custava R$ 23.650.

Em 2021, o valor para um evento idêntico subiu para R$ 25.150. Já quem quiser deixar para 2022 uma festa no mesmo padrão vai desembolsar R$ 26.900. A simulação do evento feita pela reportagem não inclui decoração – que não sai por menos de R$ 5 mil -, nem som, DJ e iluminação, que fica em torno de R$ 4 mil.

Expectativas do setor

De acordo com dados de um site especializado em organização e consultoria de casamentos, 150 mil bodas devem ser organizadas pela empresa www.casamentos.com.br até o final de 2021. “O avanço da vacinação e a queda na transmissão do vírus coincidem com a celebração dos enlaces previstos para o final do ano”, aponta a empresa, que registrou aumento de 92% no número de novos usuários, nos últimos seis meses.

A busca por fornecedores segue a tendência positiva. O número de pedidos de orçamentos desde o início de outubro deste ano é 35% maior do que as solicitações de orçamentos de fornecedores feitas por casais no mesmo período de 2019.

A empresa especializada espera fechar o ano com mais de 700 mil casamentos celebrados no país, muito próximo das cifras de 2020 que ainda teve um primeiro trimestre pré-pandêmico, mas ainda longe das cifras de 2019, quando organizou ou assessorou mais de 965 mil casamentos pelo país.

Os dados mostram que seis em cada dez casais adiaram a data de casamento marcada para 2020. Boa parte deles remarcaram para até dezembro de 2021. Tradicionalmente os meses de setembro a dezembro estão entre os mais procurados para esse tipo de celebração. Um em cada três dos noivos que buscaram o site pretendem convidar até 150 pessoas; apenas 15% terão no máximo 50 convidados.

Tendências

Além da diminuição no número de convidados, outras tendências foram observadas em celebrações marcadas para 2021, pensando na segurança e na economia. Casais buscam cada vez mais eventos durante o dia e ao ar livre, assim como festas mais intimistas, onde apenas a família participa. Para quem não abre mão de dividir o dia com muitos amigos, o casamento com transmissão online permite que pessoas de outras cidades acompanhem o momento do sim.

Casar durante a semana é uma opção para quem quer economizar, pois as locações e serviços costumam oferecer descontos entre segunda e quinta-feira.

Outras medidas para evitar filas e aglomerações entre os convidados incluem o momento de servir a comida e a bebida: a tendência é substituir os bares por cardápios de coquetéis e drinks que o próprio convidado leva até sua mesa. Já o sistema de self service vem sendo substituído por pratos montados e servidos nas mesas.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

Comentários do Facebook

Nacional

Lula anuncia hoje quarta (15) novas medidas para ajudar a população e a reconstrução do RS

Publicados

em

Depois de reunião com líderes dos Três Poderes nesta terça, Lula fará sua terceira visita ao estado no mês

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Rio Grande do Sul hoje quarta-feira (15/5). Depois de reunião ministerial na segunda-feira, ele teve nesta tarde uma conversa com representantes dos Três Poderes no Palácio do Planalto, em Brasília. Participaram o presidente da Câmara, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, além dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência).

A intenção foi fazer um alinhamento de informações e contextos para que o presidente possa fazer um novo anúncio de medidas para recuperação do estado fortemente atingido por chuvas e enchentes. O evento será a partir das 12h30 desta quarta, no auditório da Unisinos, em São Leopoldo.

Segundo o balanço publicado às 18h desta terça pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o número de municípios afetados é de 446. São 79,4 mil pessoas em abrigos, 538 mil desalojados e 2,1 milhões de pessoas afetadas. O informe registra 149 mortes, 806 feridos e 112 desaparecidos. O número de pessoas resgatadas supera 76,4 mil, e o número de animais resgatados é de 11 mil.

Esta será a terceira visita do presidente ao estado desde o início da crise climática, no fim de abril. De lá para cá, o Governo Federal deslocou para o Rio Grande do Sul uma grande força-tarefa que envolve mais de 25 mil profissionais. Entre as funções, o salvamento e resgate de pessoas e animais, a ajuda no restabelecimento de serviços e infraestruturas danificadas, o acolhimento de desabrigados e desalojados e a logística para levar mais de 2 mil toneladas de donativos via Correios e Força Aérea Brasileira em menos de dez dias.

No plano da recuperação econômica, o Governo Federal já fez três grandes anúncios. Primeiro, de mais de R$ 50 bilhões em antecipações de pagamento de programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, a prioridade para os gaúchos na restituição do Imposto de Renda e novos aportes no seguro-desemprego. O anúncio também incluiu linhas especiais de crédito para setores produtivos.

No último sábado, uma Medida Provisória no valor de R$ 12,5 bilhões abriu crédito para várias áreas do Governo Federal e garantiu a sequência dos trabalhos federais no estado. A MP também contempla medidas já anunciadas referentes a linhas de crédito (FGI, FGO, Pronampe e Pronaf/Pronamp), às medidas de apoio à segurança alimentar (Programa de Aquisição de Alimentos e cestas básicas), abrigamento e parcela extra do SUAS, parcelas extras do seguro desemprego, serviços para a saúde primária, especializada e vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais e também para a importação de 100 mil toneladas de arroz.

Na segunda-feira, o Governo Federal anunciou a suspensão por três anos da dívida que o Rio Grande do Sul tem com a União, liberando R$ 11 bilhões para um fundo para a reconstrução do estado. Além disso, R$ 12 bilhões referentes a juros do estoque total da dívida serão perdoados. As medidas foram dispostas em projeto de lei complementar encaminhado ao Congresso Nacional pelo presidente Lula.

Confira as atualizações de algumas das frentes de trabalho do Governo Federal no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, 14 de maio:

NOVO PORTAL – O Governo Federal lançou nesta terça-feira um novo portal destinado a concentrar informações, serviços e notícias referentes ao apoio prestado ao Rio Grande do Sul em decorrência da tragédia climática causada pelas fortes chuvas. A ferramenta integra iniciativas relativas à atuação dos ministérios e demais órgãos envolvidos na força-tarefa federal de apoio ao Rio Grande do Sul e apresenta dados atualizados sobre o repasse de recursos da União para o estado e seus municípios.O portal ainda traz informações sobre doações, com orientações àqueles que querem ajudar as famílias gaúchas sobre o que doar e como doar. Além disso, reúne notícias atualizadas sobre o trabalho realizado pelas equipes do Governo Federal no estado e nos municípios junto às famílias e na recuperação da infraestrutura danificada pela tragédia.

BANCOS MULTILATERAIS – Grandes bancos multilaterais, como NDB, CAF, BID e Banco Mundial, anunciaram a destinação de recursos para o Rio Grande do Sul enfrentar as consequências da calamidade pública ocasionada pelas fortes chuvas e inundações que atingem o estado há duas semanas. Somado, o montante separado por essas instituições financeiras ultrapassa R$ 15,6 bilhões. Nesta terça-feira, 14 de maio, Dilma Rousseff, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do BRICS, e ex-presidenta da República, anunciou que irá destinar cerca de R$ 5,75 bilhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul. A ajuda financeira foi definida após conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do estado, Eduardo Leite.

NOVO PAC – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou nesta terça-feira que, nas próximas semanas, o Governo Federal abrirá uma seleção de projetos específica para o Rio Grande do Sul. O processo de seleção deve ocorrer por meio do Novo PAC, que na última semana anunciou investimentos da ordem de R$ 1,4 bilhão para o estado gaúcho, sendo R$ 152 milhões para obras de encostas em Porto Alegre e Santa Maria. Todos os municípios gaúchos poderão solicitar ao Governo Federal a reconstrução de edificações públicas, como hospitais, creches e escolas que foram destruídas pelas chuvas dos últimos 15 dias.

CESTAS DE ALIMENTOS – Segundo a atualização desta terça do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), das 52 mil cestas adquiridas num primeiro momento à população, 19,8 mil já foram entregues na Unidade Armazenadora da Conab em Canoas. Outras 5,5 mil toneladas estão em trânsito e mais de 12,2 toneladas já foram distribuídas. Pelo menos mais 95 mil cestas serão adquiridas com recursos da MP publicada no sábado. Além disso, será adquirido arroz e feijão por meio do Programa de Aquisição de Alimentos para distribuição às cozinhas solidárias e famílias afetadas. Cada cesta tem 21,5kg de alimentos e é composta de oito itens: arroz (10 kg), feijão carioca (3 kg), leite em pó integral instantâneo (2 kg), óleo de soja (900 ml), farinha de trigo (1 kg) ou farinha de mandioca (1kg), macarrão espaguete comum (1 kg), fubá de milho (1 kg), açúcar cristal (1 kg), sardinha em óleo comestível (500 g) e sal refinado e iodado (1 kg).

CONSUMIDOR – A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública coordenou reunião virtual com o Procon estadual e os Procons municipais do Rio Grande do Sul. Em debate, os procedimentos para lidar com os impactos da tragédia e garantir a proteção dos direitos dos consumidores. Com cerca de 400 municípios atingidos pelas chuvas e enchentes no estado, o poder público e as instituições estão unidos para preservar vidas e recuperar os setores produtivos do Rio Grande do Sul. Representantes dos Procons municipais apresentaram as situações enfrentadas e as práticas adotadas. O Procon de Porto Alegre chamou atenção para o excesso de demandas da enchente e a ausência de uma sede, que foi inundada pelas águas das chuvas. A representante do Procon Viamão comentou sobre práticas abusivas em postos de combustíveis e as ações adotadas, que podem servir de referência.

SAQUE CALAMIDADE – A Caixa Econômica Federal liberou o saque calamidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a trabalhadores de 28 municípios gaúchos atingidos pelas fortes chuvas. O saque calamidade permite ao cidadão tirar até R$ 6.220 de cada conta de sua titularidade no FGTS, limitado ao saldo disponível, por motivo de necessidade pessoal, urgente e grave em caso de desastre natural que tenha atingido sua residência, após declaração oficial da Defesa Civil de seu município. Estão contemplados os municípios de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Arroio do Meio, Harmonia, Lajeado, São Leopoldo, Agudo, Anta Gorda, Bom Retiro do Sul, Candelária, Encantado, Esteio, Farroupilha, Feliz, Guaíba, Jaguari, Nova Palma, Nova Santa Rita, Portão, Porto Alegre, Porto Xavier, Rolante, Santa Tereza, São Marcos, São Sebastião do Caí, Sobradinho, Taquara e Triunfo.

HOSPITAIS DE CAMPANHA – O Ministério da Saúde iniciou nesta terça os atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre. A estrutura funcionará 100% com recursos da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Com seis médicos, três enfermeiros e oito técnicos, a estrutura receberá pacientes 24h e tem capacidade para 200 atendimentos diários. Com a abertura da unidade, o ministério passa a operar dois hospitais de campanha, levando em consideração o que já está instalado em Canoas. Mais um está em fase de montagem em São Leopoldo, distante 40 quilômetros da capital. Outra estrutura será instalada em cidade a ser definida.

MEDICAMENTOS – O Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias. Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo. Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19.

2 MIL TONELADAS ENTREGUES – As mais de 10 mil agências dos Correios espalhadas pelo Brasil estão recebendo doações de forma gratuita. As pessoas podem doar itens como água (prioritário), alimentos da cesta básica, material de higiene pessoal, material de limpeza seco, roupas de cama e de banho e ração para pet. O material também é transportado pelos Correios até o estado gaúcho por meio de suas carretas e sem nenhum custo para quem faz a doação. Até o momento, mais de 6.500 toneladas de donativos foram recebidas pelas agências dos Correios. Dessas, 2 mil toneladas foram entregues aos gaúchos e o restante está a caminho.

VOLUNTARIADO – Os Correios também estão recrutando voluntários para auxiliar na triagem de doações destinadas ao Rio Grande do Sul nos estados de São Paulo, Paraná e Distrito Federal. Mais de mil voluntários já se inscreveram. O apoio é necessário nos municípios paulistas de Cajamar e Guarulhos; nas cidades paranaenses de Curitiba, Cascavel e Londrina; e no Setor de Oficinas Sul, em Brasília/DF. As inscrições podem feitas pelos e-mails [email protected] (Brasília) e [email protected] (Paraná), e pelo formulário https://forms.office.com/r/aWbDzJ2Ac1 (São Paulo), e devem conter nome completo e telefone de contato. Informações e dúvidas sobre a atuação de voluntariado também podem ser enviadas a esses e-mails.

ENERGIA – O número de unidades consumidoras de energia desligadas no Rio Grande do Sul chegou a 561 mil no pior momento da crise. Nesta terça-feira, segundo informações das concessionárias Equatorial CEEE-D, RGE e CERTEL, havia 267 mil unidades desligadas, uma recomposição de 52% no fornecimento. Há, ainda, 260 mil unidades com impedimento de acesso em 162 municípios impactados pelas chuvas.

DEFESA CIVIL – Segundo informações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, 214 planos de trabalho de 146 municípios já foram aprovados junto à Defesa Civil Nacional. Eles totalizam R$ 163 milhões. Entre eles, há 80 planos de assistência humanitária, 52 de restabelecimento de serviços e estruturas e sete para reconstrução.

FORÇAS ARMADAS – Segundo a totalização desta terça-feira, mais de 69 mil pessoas e dez mil animais foram resgatados no âmbito da Operação Taquari 2, que envolve 25 mil militares das Forças Armadas e das forças policiais. Os militares atuam em ações de resgate aéreo, terrestre e fluvial, nas buscas por desaparecidos, no apoio em comunicações, na desobstrução de vias, limpeza de entulhos, além de separação e entrega de donativos. Na área de saúde, montaram sete hospitais de campanha. O apoio logístico conta com 330 embarcações, cinco navios, 208 embarcações, 4.500 viaturas, 70 aeronaves, 48 aeronaves militares, 90 equipamentos de engenharia e um efetivo que supera os 22 mil militares mobilizados.

RODOVIAS FEDERAIS – Segundo balanço publicado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT atua em 58 pontos nas rodovias do estado. Em 26 há bloqueio total. Em cinco, bloqueios parciais e 27 foram liberados. Os novos trechos liberados nesta quarta incluem a BR 116 nos KM 185 (Picada Café e Nova Petrópolis) e km 192, entre as duas mesmas cidades. Três trechos da BR 158, dois em Itaara e um em Santa Maria, também foram liberados, assim como a interdição no km 326, entre São Sepé e Santa Maria, na BR 392.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA