Geral
Ritmo de exames diagnósticos é mantido em plena pandemia
Mesmo diante da pandemia do coronavírus, o Hospital de Base (HBDF) vem conseguindo manter estável o volume de exames realizados pelo Núcleo de Citopatologia e Anatomia Patológica (Nucan). Entre janeiro de 2017 e 17 de setembro de 2021, foram compatibilizados 53.539 exames, dos quais 20.276 ocorreram em plena pandemia, segundo informou nesta quinta-feira (23) a chefe do Nucan, Sandra Mendes Coutinho.
O Nucan, conforme explicou a médica, é o setor responsável pela realização de exames que identificam e classificam doenças inflamatórias e infecciosas, além de tumores benignos ou malignos, participando também da captação de órgãos. Esses exames fornecem subsídios aos demais médicos assistentes para definir o tratamento a ser dado ao paciente. Entre os procedimentos realizados estão biópsias, exames de congelação e citologia.
Ao prestar esses esclarecimentos, Sandra Coutinho mostrou a evolução dos números do Nucan. Em 2017, quando foi criado o Instituto Hospital de Base, o Nucan realizou 9.658 exames. Em 2019, com a criação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), que passou a administrar o HBDF, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e mais seis unidades de pronto Atendimento (UPAs), esse número saltou para 12.798 exames, o maior patamar alcançado pelo Nucan.
34profissionais integram a equipe do Nutan, entre médicos patologistas e citologistas, residentes, técnicos de laboratório e pessoal administrativo
Em 2020, no primeiro ano da pandemia no Brasil, o número de exames caiu para 11.617, diferença de apenas 1.181 em relação ao ano anterior. O volume de exames já está se recuperando, em 2021. Até a terceira semana de setembro foram feitos 8.659 exames, 74% do total registrado no ano passado.
A contratação de novos profissionais de saúde e compra de insumos pelo Iges-DF foi um dos fatores que contribuíram para elevar o número de exames, segundo Sandra Coutinho.
Profissionais em ação 24 horas
O Nucan funciona 24 horas e conta com uma equipe de 34 profissionais de saúde, entre médicos patologistas e citologistas, residentes, técnicos de necropsia e de laboratório, além do pessoal administrativo. Destaca-se ainda o Programa de Residência Médica, com duração de três anos, sendo um centro de formação de especialistas que, a cada ano, forma três médicos anatomopatologistas.
Esses profissionais trabalham processando as amostras coletadas pelos médicos assistentes que integram as equipes das unidades de internação e ambulatório do HBDF. “Após a elaboração dos laudos pelo médico patologista, é possível identificar o melhor tipo de tratamento para os pacientes”, explica Sandra.
O trabalho do Nucan
Todo o trabalho realizado no Nucan é feito por meio de processos definidos e rigorosos. Assim que as amostras chegam ao laboratório, o patologista realiza um cuidadoso exame macroscópico do material e retira fragmentos das áreas mais representativas. Em seguida, após o processamento das amostras, são confeccionadas as lâminas, que são coradas e analisadas ao microscópio.
“A partir daí o profissional examina as células do tecido e, pelo conjunto de alterações detectadas, elabora o laudo, definindo a natureza do processo”, explica a chefe do Nucan, que chama a atenção para a importância do serviço na área da saúde: “A anatomia patológica representa o futuro da medicina com os avanços tecnológicos e a integração de todos os profissionais envolvidos no processo de diagnóstico do paciente.”
*Com informações do Iges-DF
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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