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Hran é referência em atendimento a pessoas com síndrome de Down

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Equipe do hospital atua com cerca de 30 profissionais

O Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência não apenas no Distrito Federal e região do entorno, mas para outros estados do país, no atendimento a pessoas com síndrome de Down. São cerca de dois mil pacientes cadastrados, contemplando desde gestantes que recebem o diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 a outras faixas etárias de público.

Crianças de diferentes idades encontram acolhimento e serviço especializado no Hran | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

Assim, bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos encontram atendimento humanizado e interdisciplinar no local. Segundo a coordenadora do CrisDown, a terapeuta Carolina Vale, o serviço atende atualmente 1.878 pacientes. A equipe possui em torno de 30 profissionais, entre fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista, assistente social, geneticista, pediatra, cardiopediatra, neuropediatra e clínico geral.

A coordenadora do serviço explica que o trabalho é interdisciplinar e foi pensado assim para proporcionar um olhar integral aos pacientes: “O intuito do CrisDown, quando construímos o serviço, foi facilitar essa interlocução entre as áreas e evitar que os pacientes ficassem andando na rede em busca de atendimento com diversos profissionais”.

Um dos pacientes atendidos é o pequeno José Pedro, de 3 anos e 8 meses. Acompanhado da mãe, a professora Eliane Dourado, ele foi acolhido no serviço assim que nasceu e passa por sessões semanais de fisioterapia e terapia ocupacional, além de ter acompanhamento com o ortopedista e a pediatra. “A equipe é muito acolhedora e o atendimento é sempre muito humanizado. Os profissionais são muito comprometidos e solícitos com as nossas necessidades”, avalia Eliane.

A também professora Ana Lúcia Silva de Souza, mãe de Rafael, de 2 anos e 4 meses, leva o filho ao CrisDown desde quando ele tinha dois meses de vida e diz estar satisfeita com o acolhimento recebido. “Viemos participar de uma palestra e, desde então, ele está aqui sendo atendido. O desenvolvimento dele tem sido surpreendente. Ele já está andando, já fala algumas palavras”, comemora.

Pandemia

“Empoderamos as famílias para acreditar que é possível que no futuro esses pacientes se tornem pessoas capazes de desenvolver habilidades essenciais para autonomia e independência”Carolina Vale, coordenadora do CrisDown

Carolina Vale lembra que, com a pandemia, foi necessário repensar a forma de atendimento. “A gente precisava fazer alguma coisa, pois os pacientes tinham perdido muito em termos de desenvolvimento global – motor, cognitivo e de fala – e isso nos angustiava”, relata.

“São seis pacientes pela manhã e seis à tarde”, detalha a terapeuta. “Geralmente, os pais entram junto para acompanhar as atividades e poder auxiliar em casa, mas cada família fica distante, dentro da sala, seguindo os protocolos recomendados”. Mesmo com as dificuldades impostas pelo momento, diz Carolina, o serviço acolheu quase 100 pacientes em 2020.

O serviço

O CrisDown nasceu em 2013 e funcionou primeiramente na Unidade Básica de Saúde (UBS) da 905 Norte. Atualmente, o serviço está disponível no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde era a creche. A entrada é separada do hospital, proporcionando mais tranquilidade aos pacientes.

É preciso entrar em contato por WhatsApp (99448-0691) e agendar. “Antes era acolhimento aberto, era possível receber muitas pessoas. Hoje, em função da pandemia, isso mudou. Passamos a trabalhar com agendamento e atendemos três famílias às sextas pela manhã”, esclarece a coordenadora. Quando chegam ao CrisDown, as famílias conversam com a equipe. Após esse acolhimento, é feita a estratificação de risco.

Após essa etapa, explica a gestora, o paciente é classificado de acordo com o risco. “Os vermelhos [marcados com identificação dessa cor] possuem prioridade, e então é feito o agendamento de acordo com a necessidade”, explica.

“Aqui, investimos no presente para modificar o futuro. É preciso oferecer oportunidade e possibilidade para que [os pacientes] possam se desenvolver. Empoderamos as famílias para acreditar que sim, é possível que no futuro [esses pacientes] se tornem pessoas capazes de desenvolver habilidades essenciais para autonomia e independência”, salienta.

*Com informações do Iges-DF

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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