Geral

Boca malcuidada é porta de entrada de doenças

Publicado

em


Gestantes em pré-natal com médicos das UBSs também podem fazer tratamento odontológico com acompanhamento de equipes de Saúde Bucal | Fotos: Divulgação/SES

Que a boca é a porta de entrada de quase todas as doenças é sabido. Mas que a desatenção à higiene frequente de dentes e língua pode causar enfermidades em outras partes do corpo ainda é pouco considerado pelo cidadão. Por não estarem isoladas do restante do organismo, alterações na cavidade bucal podem comprometer outros órgãos. No coração, por exemplo, chega a evoluir uma endocardite, inflamando a membrana que reveste a parede interna e as válvulas cardíacas.

Especialistas da Secretaria de Saúde alertam que cuidados diários na limpeza da boca e a consulta periódica ao dentista são fundamentais para a prevenção de diversas doenças. Os serviços são prestados gratuitamente pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em três níveis de atenção à saúde bucal.

“É sempre muito importante a avaliação odontológica para aliviar possíveis alterações sistêmicas causadas pela boca”Alessandra Castro, referência Técnica Distrital em Saúde Bucal

A efetiva higiene bucal compreende a escovação dos dentes e da língua, associada ao uso frequente do fio dental. Os cremes dentais possuem em sua composição agentes detergentes, quimicamente muito semelhantes ao sabão usado para lavagem das mãos, diminuindo a possibilidade de o vírus se manter ativo nas cerdas. Não há estudos que evidenciem a necessidade de substituição da escova depois de identificada alguma doença.

Recomenda-se a troca a cada três meses ou quando as cerdas se deformarem. Estudos mostram que, após esse período de uso normal, as escovas são muito menos eficientes na remoção da placa em comparação aos materiais novos.

13Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) dão prosseguimento ao tratamento bucal depois do encaminhamento dos pacientes pelas UBSs

Rede de apoio

Pela Secretaria de Saúde, o acesso se faz por meio da Atenção Primária à Saúde, nas diversas unidades básicas de saúde (UBSs) presentes em sete regiões administrativas. Na atenção secundária, é realizada nos 13 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). Na terciária, nos prontos-socorros odontológicos dos hospitais regionais da Asa Norte (Hran), do Guará (HRG) e de Taguatinga (HTR), além dos centros cirúrgicos e nas unidades de terapia intensiva.

Referência Técnica Distrital em Saúde Bucal da Secretaria de Saúde, Alessandra Castro confirma que toda pessoa residente do DF pode buscar atendimento na UBS mais próxima de casa. “É sempre muito importante a avaliação odontológica para aliviar possíveis alterações sistêmicas causadas pela boca”, salienta ela.

A especialista lembra que não são todas as UBSs que dispõem de odontologia, mas em todas as regiões administrativas há ao menos uma unidade com esse tipo de atendimento. As equipes de Saúde Bucal das UBSs inclusive realizam o pré-natal odontológico nas gestantes que fazem acompanhamento com os médicos dessas unidades.

Foi por meio dele que a residente de enfermagem Gesleane dos Santos, 26 anos, identificou a causa de um sangramento na gengiva. Grávida de 11 semanas, ela foi encaminhada ao pré-natal odontológico da UBS 06 do Gama.

A inflamação foi causada pelo desuso de fio dental e pouca escovação, mas já reduziu depois de tratada com o reforço na higienização. “Muita gestante acha que não pode realizar atendimento odontológico durante a gravidez, mas não é bem assim. Abortos já aconteceram por causa de cáries não tratadas”, alerta a enfermeira.

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook
Continue lendo
Propaganda
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

Publicados

em

Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA