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Qualquer vacina pode provocar reações e por diversos fatores

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Com a campanha de imunização contra a covid-19, as reações provocadas pelas vacinas passaram a ser muito comentadas. Trata-se do chamado Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV) que pode ocorrer com qualquer imunizante e pode estar relacionado a causas variadas.

Normalmente, as principais reações provocadas pelas vacinas são febre, dor e edema no local da aplicação | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

Segundo a gerente de Doenças Imunopreveníveis Renata Brandão, as reações podem estar ligadas ao tipo de vacina aplicada e sua forma de produção, à pessoa que recebeu a dose e suas condições físicas, tais como se possui alguma doença alérgica, deficiência imunológica ou algum outro fator que predisponha ao EAPV, bem como ao modo como foi administrado o imunizante (via intradérmica, subcutânea ou intramuscular).

As principais reações ocasionadas pelas vacinas em geral são febre, dor e edema no local da aplicação. Especificamente quanto aos imunizantes contra a covid-19, a gerente destaca que as reações mais comumente relatadas são dor no local da aplicação, fadiga, febre baixa, mialgia (dor muscular), diarreia, náusea e dor de cabeça.

Mesmo com a possibilidade de apresentar alguma reação, os riscos são bem menores do que contrair a doença, seja a covid-19 ou qualquer outra para a qual já exista vacina

“Eventos incomuns também foram apresentados e incluem vômito, dor abdominal inferior, distensão abdominal, tonturas, tosse, perda de apetite, hipersensibilidade cutânea (reações na pele), pressão arterial elevada, diminuição da força muscular, coloração anormal no local da aplicação, entre outros”, elenca Renata Brandão.

Mesmo com a possibilidade de apresentar alguma reação, os riscos são bem menores do que contrair a doença, seja a covid-19 ou qualquer outra para a qual já exista vacina. “Antes de serem disponibilizadas para a população, os imunizantes percorrem um rigoroso processo até obter registro pelas agências reguladoras”, reforça a gerente. Assim, a vacinação é recomendada como qualquer imunobiológico em uso no Brasil, pois todos são seguros e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ela aponta também que a vacina contra a covid-19 representa importante instrumento para o controle da pandemia junto com as demais medidas como uso de máscara, distanciamento social e higienização constante das mãos.

“O usuário deve ser orientado para que, caso apresente qualquer sinal ou sintoma após a vacinação, retorne para ser atendido e avaliado em qualquer serviço de saúde, onde deverá ser realizada a notificação EAPV”Renata Brandão, gerente de Doenças Imunopreveníveis

O que fazer quando apresentar alguma reação?

Em geral, os eventos adversos são leves e passam em poucos dias. Os profissionais que realizam a vacinação são orientados a fornecer todas as informações ao público em relação a possíveis reações e, em caso de algum evento adverso, qual a conduta a ser adotada, como por exemplo, onde buscar ajuda.

“O usuário deve ser orientado para que, caso apresente qualquer sinal ou sintoma após a vacinação, retorne para ser atendido e avaliado em qualquer serviço de saúde, onde deverá ser realizada a notificação EAPV”, alerta a gerente. Ela ressalta ainda que, preferencialmente, a pessoa busque a unidade básica de saúde (UBS) do seu território, ainda que tenha tomado a dose em outro local, para que possa receber o acompanhamento adequado.

Notificação

Desde janeiro de 2021, todos os eventos adversos pós-vacinação relacionados aos imunobiológicos do Calendário Nacional de Vacinação devem ser notificados no e-SUS Notifica. “O profissional de saúde deve possuir login e senha para ter acesso ao e-SUS Notifica e o cadastro no sistema é feito pelo próprio profissional de saúde”, explica Renata.

São unidades notificadoras, ainda segundo Renata, as unidades básicas de saúde, as unidades de pronto atendimento (UPA), os prontos-socorros, os hospitais e qualquer outra unidade de saúde pública ou privada.

Casos no DF

De acordo com o boletim nº 27 da Campanha de Vacinação contra a covid-19, desde o início da campanha de vacinação no Distrito Federal, em 19 de janeiro, até o dia 9 de agosto, foram notificados no sistema 3.412 casos de EAPV associados temporalmente às vacinas contra o coronavírus. Os dados são preliminares e sujeitos à alteração.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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