Geral

Já fez teste para hepatite? Previna-se contra esse mal

Publicado

em


Doenças silenciosas em que os sintomas e sinais pouco aparecem. As hepatites virais podem levar à morte caso não sejam tratadas com antecedência. E para detectar qualquer uma delas, é necessária a realização de um simples teste rápido, oferecido na rede pública de saúde.

Na UBS 6 do Gama, ação desenvolvida dentro da programação do Julho Amarelo resultou em 106 testagens em um dia | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

No Brasil, são transmitidas mais comumente pelos vírus A, B, C ou D. Todavia, as três últimas são as mais frequentes. No Distrito Federal, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecem os exames de diagnóstico e encaminham o tratamento.

Na UBS 6 do Gama, o amarelo (símbolo do combate à doença) tomou conta do posto de atendimento com balões e banners sobre a enfermidade. Conversas individualizadas dos agentes de saúde com usuários alertavam sobre as formas de contágio, como nas relações sexuais. O retorno, bem positivo: 106 testagens em um dia.

“Em julho, reforçamos as ações de vigilância, controle e prevenção da doença. E, com o auxílio do teste rápido, podemos detectar e cuidar do paciente na rede do SUS”Gisele Nunes, gerente das Áreas Programadas da Região de Saúde Sul

Já em Santa Maria, a receptividade na UBS 1 também agradou. Ao longo da semana passada, foram realizadas palestras e distribuídos folders de orientação. Em apenas um dia, 91 pessoas foram testadas. Populares, que passavam pela unidade para outros tratamentos saíam do posto orientados sobre as hepatites virais.

“Em julho, reforçamos as ações de vigilância, controle e prevenção dos vários tipos da doença. É uma forma de educar. E, com o auxílio do teste rápido, podemos detectar e cuidar do paciente na rede do SUS”, explica a gerente das Áreas Programadas da Região de Saúde Sul, Gisele Nunes. O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na Rodoviária do Plano Piloto, também realiza os exames.

Tipos mais comuns no DF

Entre 2016 e 2020, a Secretaria de Saúde contabilizou 2.290 casos confirmados de hepatites virais no DF. Desse total, as mais comuns na capital são as do tipo B e C. Foram 877 (38,3%) casos de hepatite B e 1.410 (61,6%) da modalidade C. Já a D, apresentou apenas três casos.

Além de testagem e tratamentos, as UBSs do DF disponibilizam vacinas contra as hepatites dos tipos A e B para todas as idades

“A hepatite é ‘silenciosa’ e dificilmente se manifesta. Às vezes provoca um mal-estar, enjoo ou icterícia (pele amarela causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue)”, informa a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel.

“Dessa forma, é muito importante o diagnóstico precoce para se buscar a cura”, explica a especialista. Já desenvolvida, a enfermidade ataca o fígado, podendo levar, em alguns casos, à cirrose ou ao câncer desse órgão.

Transmissão pelo sangue

A principal forma de transmissão das hepatites B, C e D é por meio do contato com sangue e hemoderivados. Podem também ser transmitidas por contato sexual e da mãe infectada para o recém-nascido (durante o parto ou no período perinatal).

“A vacina já é universal e disponível no SUS para todas as idades. É muito importante que as pessoas imprimam o seu calendário vacinal e façam a imunização disponível aqui nas unidades no DF”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis

A infecção acontece, ainda, via compartilhamento de objetos contaminados, bem como em procedimentos cirúrgicos, odontológicos e endoscopia, quando não estão devidamente esterilizados. A transmissão da hepatite A se dá por meio do contato das fezes com a boca (fecal-oral).

Vacina é um bom caminho

Já existe vacina na rede para essa doença infecciosa. Aplicada há muito tempo em crianças e recém-nascidos, ela nem sempre é lembrada pelo público adulto. Os tipos A e B podem ser prevenidos por meio da imunização e, inclusive, a dose está prevista no calendário nacional de imunização.

“A vacina já é universal e disponível no SUS, para todas as idades, desde 2016. É muito importante que as pessoas imprimam o seu calendário vacinal e façam a imunização disponível aqui nas unidades no DF”, recomenda Beatriz Maciel.

Prevenção e tratamento

Para evitar a hepatite A, é recomendado lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro ou trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer. Também é indicado o uso de água tratada e higienização adequada dos alimentos. Já o tratamento desse tipo se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente.

As hepatites B e C podem ser prevenidas evitando-se o contato com o sangue contaminado, razão pela qual é recomendado usar preservativos nas relações sexuais; exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens, equipamentos ou utensílios de uso pessoal.

A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento é feito com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir), com o objetivo de reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especialmente a cirrose e o câncer de fígado.

No caso da hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), administrados, geralmente, por 8 ou 12 semanas.

Fonte: Governo DF

Comentários do Facebook

Geral

Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

Publicados

em

Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Comentários do Facebook
Continue lendo

MAIS LIDAS DA SEMANA