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DF não registra caso de paralisia infantil desde 1987

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Já faz mais de 34 anos que o Distrito Federal não registra casos de poliomielite, também conhecida por paralisia infantil. A doença foi erradicada no Brasil em 1989 e é conhecida por este nome por acometer principalmente crianças menores de quatro anos de idade. No entanto, pessoas na fase adulta também podem contrair a doença. Para manter a capital federal livre da poliomielite, a principal estratégia é a vacinação.

A imunidade é adquirida quando o indivíduo completa o esquema vacinal acima. A cobertura vacinal no DF como um todo não atingiu a meta de 95% do público-alvo vacinado. Entretanto, em 2020, somente as regiões de saúde Central e Oeste atingiram essa cobertura, sendo que a primeira região chegou a 117,8%. A soma maior que 100% ocorre devido à migração populacional, ou seja, as pessoas que procuram o serviço de vacinação mesmo não residindo na região.

A Secretaria de Saúde orienta aos pais que levem as crianças para os pontos de vacinação e atualizem a caderneta de vacina. Somente assim, o território brasiliense continuará livre da poliomielite.

Todas as salas de vacina estão abastecidas com o imunizante que protege contra a poliomielite. O esquema de vacinação é o seguinte:

A técnica da Vigilância Epidemiológica Joana Castro faz um alerta sobre a importância da vacinação, mesmo com a doença estando erradicada no país há mais de 30 anos. “A poliomielite é uma doença grave. Hoje ela está eliminada das Américas, mas isso não quer dizer que não devemos nos preocupar com ela, pois há o risco de ela ser reintroduzida no nosso país. A única forma de prevenção dessa doença que temos disponível é por meio da vacinação”, orienta a especialista.

Segundo Joana, “caso haja dúvidas se o cartão de vacinação está atualizado, vá até uma unidade básica de saúde mais próxima para que um profissional verifique e oriente de forma correta sobre a situação vacinal em relação a poliomielite e as outras doenças”, completa.

A doença

A poliomielite é uma doença causada pelo poliovírus, sendo conhecida por este nome por acometer principalmente crianças menores de quatro anos de idade. A enfermidade é infectocontagiosa aguda e pode ser transmitida através de secreções/saliva de pessoas contaminadas, alimentos ou água contaminados pelas fezes. O poliovírus costuma se instalar no intestino, mas pode cair na corrente sanguínea.

Em alguns casos pode afetar o sistema nervoso central, o que pode levar a paralisia de um dos membros inferiores causando alterações motoras e, em alguns casos, podendo levar à morte.

Algumas pessoas infectadas podem apresentar sintomas simples, como de uma gripe, ou doenças virais (febre e dor de garganta), ou se assemelhar a uma infecção intestinal, com sintomas como: náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente diarreia.

Outros casos de pessoas contaminadas podem ser totalmente assintomáticos. Enquanto em outros casos, podem desenvolver paralisia e causar até a morte. Manter a caderneta de vacinação atualizada é a única maneira de prevenir a infecção.

A pólio, como também é conhecida, não requer um tratamento específico. Orienta-se o repouso e a ingestão de água, além de medicamentos como dipirona ou paracetamol no caso de febre e dores no corpo. Nos casos mais graves, em que ocorre a paralisia dos membros, o tratamento inclui sessões de fisioterapia, o uso de órteses para auxiliar na postura e reduzir os efeitos das sequelas no dia-a-dia da pessoa.

Em 1994, o Brasil obteve o Certificado de erradicação do poliovírus selvagem pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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