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Cidadania e policiamento ostensivo para melhorar a vida na Estrutural

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A saída de casa para o trabalho, ainda de madrugada, gera uma tensão diária à recicladora Michelle Marinho, de 34 anos. Moradora da Estrutural, ela precisa estar acompanhada por duas ou três pessoas até a parada de ônibus para evitar assaltos ou outras violências. A cidade, que tem o maior índice de vulnerabilidade do Distrito Federal (0,72), é cenário do projeto Área de Segurança Prioritária (ASP), lançado nesta terça-feira (22) pelo governador Ibaneis Rocha.

Os resultados obtidos na Estrutural vão subsidiar estudos para ações semelhantes em outras RAs | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A proposta de integrar o trabalhos das secretarias de Estado – capitaneadas pela de Segurança Pública – no combate à criminalidade é mais um esforço do Governo do Distrito Federal (GDF) na melhoria das condições de vida de quem mora na Cidade Estrutural. A região administrativa (RA), que em 29 de maio passou a sediar a 8ª Delegacia de Polícia (DP), vai ganhar uma nova estrutura do 15º Batalhão da Polícia Militar, de um do Corpo de Bombeiros e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

“Vamos sair daqui em 90 dias (prazo previsto pelo projeto) com índices mais baixos de criminalidade, além de oferecer serviços que refletirão em mais cidadania aos moradores”Governador Ibaneis Rocha

De acordo com o governador Ibaneis, a ASP vai mudar a história da segurança pública na Estrutural ao integrar órgãos do governo, como as secretarias de Obras, da Mulher e do DF Legal, além da CEB, do Departamento de Trânsito (Detran) e das forças policiais. “Vamos sair daqui em 90 dias (prazo previsto pelo projeto) com índices mais baixos de criminalidade, além de oferecer serviços que refletirão em mais cidadania aos moradores.”

A transferência da 8ª DP do SIA para a Estrutural a menos de um mês já tem reflexos positivos, acredita o delegado-chefe Rodrigo Bonach. Além de criar um bolsão de segurança e acabar com o tráfico de drogas que existia nos arredores, a delegacia conta, pela primeira vez, com uma Central de Flagrantes. “Agora temos autonomia para lavrar esse tipo de ocorrências trazidas pela PM, o que dá agilidade aos policiais de não precisar mais ir à Asa Sul para fazer registrar as ocorrências e voltar mais rápido para as ruas”, contou Bonach.

Expansão

A ideia de implementar a Área de Segurança Prioritária no Distrito Federal surgiu ainda na gestão do então secretário Anderson Torres. Atual ministro da Justiça e Segurança Pública, ele defendeu que a adaptação de um projeto francês à realidade do DF seja ainda mais expandida. “Trata-se de um ação estruturante e não mais de emergência que deixa reflexos positivos na sociedade e precisa ser copiado e aplicado em todos os estados brasileiros.”

A Estrutural é a primeira região administrativa a receber a ASP, e a ideia é que não seja a única. Segundo o secretário de Segurança Pública do DF,  delegado Júlio Danilo, mapeamentos da vulnerabilidade – que incluem, entre outras coisas, criminalidade, violência, tráfico de drogas e desemprego – já começam a ser feitos em outras RAs. “Todos os resultados obtidos por aqui vão subsidiar outros estudos que irão reverberar em ações semelhantes em outras cidades”, informou Júlio.

A recicladora Michelle Marinho aproveitou o primeiro dia da ASP e providenciou as carteiras de identidade das filhas

Ansiosa pela presença ostensiva das forças de segurança nos próximos três meses na Estrutural, a recicladora Michelle aproveitou o lançamento da ASP nesta terça (20) para tirar a carteira de identidade das filhas de 13 e 17 anos. Isso não era possível antes porque os agendamentos feitos pela Secretaria de Segurança Pública a encaminhavam para longe de casa. “Há meses eu vinha tentando tirar esses RGs, mas me mandavam para Sobradinho, que eu nem sei onde fica. Hoje vamos conseguir”, comemorou.

Fonte: Governo DF

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Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha

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Nos últimos dias, cem kits de medicamentos e insumos, com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês, chegaram ao estado. Programa Nacional de Imunizações enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina ao Rio Grande do Sul

Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.

A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.

Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.

Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.

Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.

Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.

ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.

“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.

NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:

Balanço de atendimentos

  • Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
  • Equipes volantes: 548
  • Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
  • Remoções aéreas: 25
  • Atendimentos psicossociais: 22

Força de trabalho:

  • 134 profissionais em atuação;
  • 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
  • 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
  • 62 profissionais no HCamp;
  • 19 profissionais de gestão;
  • 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)

Recursos aplicados:

  • Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
  • Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
  • Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
  • Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
  • Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.

IMUNOGLOBULINA  — Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.

Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.

“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

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