Saúde

RJ: casos antigos causaram recorde de notificacões de covid-19

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As secretarias municipal e estadual de Saúde do Rio de Janeiro afirmaram hoje (12) que os recentes recordes na média móvel de novos casos de covid-19 foram causados pela notificação de casos antigos da doença, que ocorreram em semanas anteriores e só entraram no sistema nos últimos dias.

Segundo o painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a média móvel de novos casos de covid-19 no estado do Rio de Janeiro atingiu 5,5 mil novas notificações diárias em 8 de maio. O recorde anterior, de 10 de janeiro, havia sido de 3,5 mil casos por dia em média.

O patamar elevado foi atingido de forma acelerada, já que, no início de maio, a média estadual era de cerca de 3,1 mil novos casos por dia. Tal aumento foi puxado pela cidade do Rio de Janeiro, onde a média saltou de 900 para 3,7 mil novos casos diários em apenas uma semana.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, ocorreu um represamento de casos, termo usado quando um grande volume de dados não é preenchido no sistema de notificações e se acumula, impactando os dias posteriores.

“Na última semana (quarta e quinta-feira), houve um grande volume de notificações de casos represados por parte do município do Rio de Janeiro. Isto não significa dizer que os casos ocorreram na semana passada, mas que foram inseridos no sistema nestas datas, gerando o aumento observado”, afirma a secretaria.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro explicou que esse aumento de casos confirmados ocorreu quando equipes de Atenção Primária e Vigilância em Saúde incluíram resultados laboratoriais e encerraram casos de Síndrome Gripal no sistema e-SUS de vigilância epidemiológica (VE). “Na maioria, os casos divulgados ocorreram em semanas anteriores”, afirma a secretaria municipal.

Data da notificação

A SES defende a utilização da data de início dos sintomas para acompanhar a evolução dos novos casos na pandemia, e a data de ocorrência dos óbitos para entender se a mortalidade está caindo ou subindo. Segundo a secretaria, a contabilização de casos por data de notificação sofre com distorções, como a inclusão de casos antigos no sistema.

A data da notificação de um caso ou óbito é o dia em que ocorre a sua inclusão no sistema e-SUS, fazendo com que integre os números oficiais da pandemia. Tal notificação pode ocorrer semanas depois do início dos sintomas, já que, antes, é necessária a confirmação do diagnóstico e a digitação da notificação por servidores da saúde no sistema e-SUS. Por isso, o número de pessoas que tiveram o primeiro sintoma ou morreram em um determinado dia demora vários dias para ser consolidado, e, quanto mais recente for esse dia, mais distante o número estará da realidade, já que ainda haverá diversos casos e óbitos aguardando confirmação ou digitação.

Outra dificuldade em acompanhar o número de casos na pandemia é a subnotificação. Pesquisadores consideram que o número de novos casos é mais sujeito à subnotificação que o número de novos óbitos, já que casos leves muitas vezes não passam por testes ou recebem diagnósticos. 

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Saúde

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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